morto vivo? Não!!!

Criatividade omissa
Dolorosa previsibilidade
Tempero emocional ausente
Complexas teias de mesmice

Enfadonho,
Indigesto,
Pensamentos senis
Oceano de tédio
Grilhões do cárcere da rotina

Especialista da camuflagem
Escondido em recônditos
Alçapões de miséria
Inebriantes bandeiras lançadas
Por detrás dela prossegue impávido
O espírito anulado

Chega!
Façamos de cada dia
Um novo capítulo
De cada esquina dobrada
Uma nova história

De cada flor um poema
De cada folha
Suave brisa de sensibilidade
De cada tronco caído
E de cada sonho vencido,
A nau que navegará
Os mares da imaginação

Eu cá,
Faço dos jardins
A minha sala de estar
Dos bancos,
Confortáveis sofás,
Das sombras das árvores,
Leitos acolhedores

E do mundo,
Dos pássaros, dos homens,
Da noite e do dia…
O teatro divino
Onde me espraio em regozijo
E divertido deambulo.