MONÓLOGO DO ABANDONADO

Monólogo do abandonado

A dor que ela deixou
Transpassa o meu ser,
Mas não dá o direito
A mim de a outros envolver,
Pois é minha
E de mais ninguém.
Se em outros braços
Alegremente se aquece,
Enquanto de mim se esquece,
Saciando a outro a libido,
Sigo esquecido
Sem deixar rastros.
Em passos lentos pelas ruas
Vagueio nas penumbras
Sem acalanto.
Meu pranto é meu canto!
Em meu desprezível ser
Já não há prazer.
Não quero compaixão!
Quero de volta a paixão
Que de minha vida é a razão.
Não há sentindo em meu viver,
Pois sem ela nada sou; senão
A imagem da solidão.

 

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Sunday, April 10, 2011 - 21:33

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professorkamelo

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MarneDulinski's picture

MONÓLOGO DO ABANDONADO

Lindo e ao mesmo tempo muito triste, este seu poema!

Mas não há mal que sempre dure, porque o bem vence a maldade;  meu amigo tudo passa e tudo passará, tenhas paciência, você ou seu personagem do poema, dias melhores virão, e após isto, estarás rindo dessas noites escuras!

Um abraço,

MarneDulinski

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