Essência do nada

Essência do nada

Anti-gravitacional
No vazio que mantém em suspensão
Momentos inalterados de tempos passados na imensidão
De corpos imobilizados, matéria dispersa em átomos, escondidos na visão
Onde se vê fragmentos estilhaçados, pequenos pedaços que ficarão então
No tecido espácio-temporal
Flutuando por entre linhas onde antes fluiu inspiração
Concentrada e indiferente, ignorante da solidão.
Decadência impulsionadora da cegueira da ilusão.
Sensação de ser maior quanto menor em pormenor se tornar a rejeição.
Anti-material,
Sem órbita, forma, propósito ou razão,
Sem intenção, inconsequente, com neutra ou quase nula emoção.
Paragem do declínio, mas sem relevo a pulsação
Que marca o ritmo. Como quem paira e fica estático, estável e não
Mutacional,
Independente por si, mas dependente da situação.
Negação da superfície aparente é nada mais que aceitação
De que a força antes envolvente foi só o modelo de propulsão
Para a envolvência proporcional do anterior existente, recebendo a denominação
De: Minha actual vida normal