que bem que me sabe o bolor…
Lambo as feridas como um cão sarnento,
Já não consigo, sequer fugir de mim
Fogem todos, afastam-se do nojo que lhes meto
Deliro, que bem me sabe o gosto a bolor.
Ainda agora dobrei o Cabo da Boa Esperança
Mas o Adamastor não me reconheceu,
Já não iço as velas no vento disperso.
- Oh, homem do leme onde está Bartolomeu?
Tenho a bússola do tempo pregada nos pés
E na boca, um mar que ninguém crê
Afastem-se das tormentas do meu dorso
Afoguem as cataratas destes olhos cegos
Que rejeitam, este fardo desprezível de lazarone.
- Ah cão de merda, porque não morres como um homem?
Conceição Bernardino
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Sunday, May 22, 2011 - 21:53
Poesia :
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Comments
Olá Conceição! Por aqui
Olá Conceição! Por aqui também?
Gostei de te ler
Beijo
olá amigo Joaquim
Olá meu amigo como vês andamos por todo lado como estás?
beijo
Eu estou bem, obrigado.
Eu estou bem, obrigado. Beijinho