Num bar


Uma criação implorando para nascer
Na mesmíssima proporção quando vemos a infância crescer.
Visões ao largo encontram mundos desconhecidos

Quem de entre vós será capaz de definhar-se
Na mortalha mal trabalhada,
Nos fios conduzidos à luz coada,
Severa e mística da pele do quarto.
Esta, pois não nega com cuidado a culpa,
Muito menos sentes pavor da morte lenta

Esqueceram o mal do século
E as feições Van Goghiana num retrato
Pintado pela aparência.

Houve épocas que a noite era impecável,
Discursos ao curso nexo de viradas manhãs
Amanhecidas num leito
Aonde corpos entrelaçavam-se com cura
Volúpia medo & desejos.

Veio a discrepância e o solo lamento da mal fadada
Silhueta da sombra que afasta-se ao repente,

Assim sendo,...
Deslizou por entre sons de violoncelos.

O breve ficou ao alento e ao quem sabe um dia

Hoje, sedosas mãos tapam alguns olhos
E amordaçam alguma tão somente boca
Os gritos vão ao interior perdido do coração
Visões seguem cegas na imagem revelada da alma maldizente

Mais que algo por...
Sobre uma toalha
Uma xícara
Uma memória

Lúcido! Lúcido!
O intelecto é indigesto

No silêncio vivo toca-me ao cérebro
Ao sino de tino badalo
E faço-me de um café bastante diferente.
 

Submited by

Jueves, Marzo 10, 2011 - 16:08

Poesia :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 9 años 16 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Comentarios

Imagen de angelofdeath

Fantástico este teu

Fantástico este teu poema.

Abraços, Angelofdeath.

Imagen de SuzeteBrainer

Esse teu poema revela um belo

Esse teu poema revela um belo quadro profundo da realidade, interagindo com os quadrinhos das lembranças e analogias, com a moldura perfeita da tua poesia. 

Gostei muito!

Abraçosmiley

Imagen de MariaButterfly

gosto das tuas poesias, uma

gosto das tuas poesias,

uma desilusão quase

em reflexão

Lúcido! Lúcido!
O intelecto é indigesto

 

muito belo!

beijos

Imagen de Alcantra

Grato por vossa leitura. És

Grato por vossa leitura. És sempre bem vinda.

 

Alcantra

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Soma de poemas 5 2.008 02/27/2018 - 12:09 Portuguese
Poesia/General Abismo em seu libré 0 2.205 12/04/2012 - 00:35 Portuguese
Poesia/General Condado vermelho 0 2.820 11/30/2012 - 22:57 Portuguese
Poesia/General Ois nos beijos 1 1.889 11/23/2012 - 11:08 Portuguese
Poesia/General Dores ao relento 0 2.195 11/13/2012 - 21:05 Portuguese
Poesia/General Memórias do norte 1 1.309 11/10/2012 - 19:03 Portuguese
Poesia/General De vez tez cromo que espeta 0 2.332 11/05/2012 - 15:01 Portuguese
Poesia/General Cacos de teus átomos 0 1.753 10/29/2012 - 10:47 Portuguese
Poesia/General Corcovas nas ruas 0 2.311 10/22/2012 - 11:58 Portuguese
Poesia/General Mademouselle 0 1.582 10/08/2012 - 15:56 Portuguese
Poesia/General Semblantes do ontem 0 1.656 10/04/2012 - 02:29 Portuguese
Poesia/General Extravio de si 0 2.190 09/25/2012 - 16:10 Portuguese
Poesia/General Soprosos Mitos 0 2.700 09/17/2012 - 22:54 Portuguese
Poesia/General La boheme 0 2.455 09/10/2012 - 15:51 Portuguese
Poesia/General Mar da virgindade 2 1.651 08/27/2012 - 16:26 Portuguese
Poesia/General Gatos-de-algália 0 2.393 07/30/2012 - 16:16 Portuguese
Poesia/General Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 1.730 07/23/2012 - 01:48 Portuguese
Poesia/General Vales do céu 0 1.496 07/10/2012 - 11:48 Portuguese
Poesia/General Ana acorda 1 2.091 06/28/2012 - 17:05 Portuguese
Poesia/General Prato das tardes de Bordô 0 1.868 06/19/2012 - 17:00 Portuguese
Poesia/General Um sonho que se despe pela noite 0 1.838 06/11/2012 - 14:11 Portuguese
Poesia/General Ave César! 0 2.563 05/29/2012 - 18:54 Portuguese
Poesia/General Rodapés de Basiléia 1 1.676 05/24/2012 - 03:29 Portuguese
Poesia/General As luzes falsas da noite 0 2.505 05/14/2012 - 02:08 Portuguese
Poesia/General Noites com Caína 0 1.750 04/24/2012 - 16:19 Portuguese