CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
As palavras apaixonam-me
As palavras apaixonam-me
O que não me mata, ironicamente destrói-me,
Escrevo claro iluminado pelo eco de mim próprio, não tão prodigamente nos outros, como pode escrever qualquer maior ou menor escritor; lembrei-me de facto de escrever este texto pequeno e breve, pois todas os escritos são breves, são dignos e embora alguns não o sejam tanto, serão sempre dignas e breves todas as palavras, elas são e serão solenes, nobres e signatárias da nossa lenticular e particular reflexão e da minha maior admiração, assim como a poesia, a mistura de castas é que melhor transforma e transporta dos quininos o sabor e mais paladoso se torna o vinho assim como nos cereais pois não somos todos “farinha do mesmo saco”, iguais e monogástricos. Amo acima de tudo a multidisciplinaridade, adoro os multi cereais do pão fresco, no cuscuz marroquino, pois nem todos somos iguais ao farelo alguns somos mais como as lentilhas, como no meu caso e cabe-me defender o bom nome cerealífero respeitando e sendo-o tb e identicamente todos os outros cereais, papais ou não tão monásticos,
Focado no eco do golo e um pouco pelo ego não dissimulado mas muito grande, largo e que expresso de orelha a orelha num sorriso sem complexos e acerca do peso que no rosto ocupa uma conquista, do que uma sílaba sonora gritada a forte possa contar de imenso num texto sem morte. Não sendo nem daqui eu nem de lado nenhum e de toda a parte um pouco, sinto-me um optimista pouco reservado, mais do que posso explicar por palavras, com sorte e por poder dar ao mundo o meu mundo como uma espécie de eternidade compreensível, as palavras apaixonam-me e através delas amo a possibilidade de dizer coisas que ostentem título e acrescentem a realidade com mais um capitulo, um cabelo, uma estrela, uma estrada
Desprezar-me ou desconsiderar a minha orografia, o meu alto relevo, é de facto intolerável impensável e inaceitável, sou incontornável, relevante e incontrolável por direito de vocação, impossível deixar de ver, vislumbrar uma gigantesca montanha para quem não faça uso de óculos muito, muitíssimo graduados ou simule cegueira selectiva estrábica, ofereço gráfica e gratuitamente a minha topografia zen, dou-a de graça e todo um esforço intelectual criativo, todo o meu altruísta trabalho em prol de muitos, como um cego sem abrigo tocador de acordéon/concertina em planas Ramblas de Barça, harpa na ponte que une Budapeste nos dois lados, em Viena , no Prado, em Bucareste, no Soweto.
A dita simpatia, estima ou a esgrima virtual é, são de facto capciosas, falsas, sou viril e crivelmente incontornável de espátulas, na cintura e no peito nem tanto, afeição virtual não é o meu prato ou órgão predilecto para ser consumido em jejum, insectos não são meu producto favorito no supermercado, não sou tolerante à lactose quer por fora nem do avesso, quem simula viral afecto por uma institualizada instituição web e fiduciária é demente, é o que eu sou mas no outro sentido, não simulo sanidade mas loucura premente e da forte, não discuto imbecilidades, boçalidades, o meu verniz não estala por “dá-cá-aquela-palha” nem nas espátulas porque não existem, não faço uso de matizes primários ou esboços, gralhas, sou o simulacro do fingimento congénito, a institucionalização instituída de um guisado à Bordalesa afinado, quem disser o contrário ou o oposto, mente. Qualquer ser/ lugar vigente ou vincendo onde se transformem objectos lugares e ambientes em amantes visuais, é digno de devoção, da vossa total e honrosa, honorífica dedicação eu estou deste outro lado, o do Pinho Bordalo, a minha vocação é ser idolatrado, escarificado, ser objecto de oração, escanção, conjura.
O que vos dou, ofereço é o meu dom de sonhar alto, é um original estigma contiguo a mim mesmo, um pecado cerebral, um pedaço do ego a contrição de mim mesmo, iniciático e messiânico, pois jamais estarei em saldo nem me vendo a retalho pelo meio da rua, não sou um versátil entretenimento de massa bruta, nem de entendimento linear à escala universal, basta-me ser eu para ser algo diverso, divergente, diferente de distinto no que sinto acredito distingo e percebo.
Reservo a Hiper funcionalidade dos sentidos, do processo cognitivo, à fetal especulação acerca dos relevos sensoriais, do que me vai na alma e dos mais que me inspiram, das fontes que me estimulam, não aos mancos de caráter manso, do heráldico manancial de águas puras e não da manada suja, poluída, porca imunda, da corja infecunda, da gentalha, da fatal gamela virtual.
“Errare humanum est, perseverare autem diabolicum”, o erro obstinado e continuado é insuportável, aprendemos a fazer, fazendo-o mal ou bem, realizando-o apenas e só.
Há um dessorado, breve poeta que se senta à mesa sempre mais cedo que todos os outros, regularmente à minha direita, quando é citado na poesia por quem está sentado em frente ou á esquerda, por vontade própria ou por qualquer outra razão, ele parte quase de imediato, em silêncio e sempre antes de brindarmos, braço ao alto, copo na mão destra. Parece sonhar discreto, sombrio quando é tido por ter dito algo que não disse, no que não é dito certifica-o, pois sorri e aí respira curto mas fundo, suponho eu que sempre na pausa mais longa ele foge da mesa, estou certo que tod’o poeta que se retire da mesa antes do brinde é porque entardeceu lá fora cedo e precocemente, em contrastes de sombra, luz e temor em regressar tarde a casa, breve ou cedo. Todo o poeta que se ausente cedo é por temer regressar tarde a casa.
Jorge Santos (Dezembro 2022)
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 545 leituras
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Com’um grito | 0 | 215 | 11/24/2023 - 10:08 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | As palavras apaixonam-me | 0 | 545 | 11/24/2023 - 10:06 | Português | |
Poesia/Geral | A verdade por promessa | 0 | 371 | 11/24/2023 - 10:03 | Português | |
Poesia/Geral | “Falar é ter demasiada consideração pelos outros” | 0 | 367 | 11/24/2023 - 10:01 | Português | |
Poesia/Geral | Meu mar eu sou | 14 | 1.175 | 09/26/2023 - 16:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | (Não hei, porque não tento) | 32 | 1.018 | 07/03/2023 - 11:38 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Maldade | 58 | 999 | 04/27/2023 - 11:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Do que eu sofro | 63 | 1.499 | 04/09/2023 - 21:15 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Doa a quem doa, o doer … | 5 | 1.108 | 11/29/2022 - 22:42 | Português | |
Poesia/Geral | “Mea Culpa” | 5 | 678 | 11/29/2022 - 22:37 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | “Hannibal ad Portus” | 0 | 894 | 11/20/2022 - 20:56 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Do avesso | 0 | 841 | 11/20/2022 - 20:50 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Eis a Glande | 0 | 637 | 11/20/2022 - 20:48 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Incêndio é uma palavra galga | 0 | 691 | 11/20/2022 - 20:47 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Restolho Ardido… | 0 | 1.612 | 11/20/2022 - 20:45 | Português | |
Poesia/Geral | Não entortem meu sorriso, | 0 | 648 | 11/20/2022 - 20:16 | Português | |
Poesia/Geral | Espírito de andante ... | 37 | 1.476 | 05/26/2022 - 16:07 | Português | |
Poesia/Geral | Feliz como poucos … | 3 | 1.914 | 03/24/2022 - 13:15 | Português | |
Poesia/Geral | Nada, fora o novo ... | 17 | 1.156 | 03/19/2022 - 21:01 | Português | |
Poesia/Geral | A tenaz negação do eu, | 8 | 1.591 | 03/19/2022 - 20:58 | Português | |
Poesia/Geral | Nunca tive facilidade de | 29 | 1.456 | 03/11/2022 - 18:20 | Português | |
Poesia/Geral | Tudo em mim, | 13 | 1.172 | 02/25/2022 - 18:40 | Português | |
Poesia/Geral | E eu deixei meus olhos | 12 | 1.334 | 02/25/2022 - 18:40 | Português | |
Poesia/Geral | Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos | 22 | 1.897 | 02/25/2022 - 18:39 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Sem nada … | 17 | 1.879 | 02/19/2022 - 16:18 | Português |
Add comment