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Tacto dulcífico

Nunca mais atacarás
Jamais tactearás
Ares expressivos duma ferida aberta
Ao sonâmbulo aguçado
Semblante dum rosto deitado ao gemido.

Viajante tempo incrédulo

Sem mentiras montadas ao suave,
Em leves falsidades estirpadas
Tentando encontrar uma fina brecha
Na estrela que esconde um nome,
Na noite que brinca inocente.
No em tanto
Tanto e tanto faz

Quantas vezes chorastes
Quiçá disseste
Aquém mais que aquém
Uma selvagem fera fora solta ao tumulto
Ao descontrole que não sabe rezar.

Uma prece pediste!
Uma Ave Maria saída duma boca mecânica imploraste!
Ouves?
Sabes?

E desceu correndo como criança
Que foge de seu próprio sonho.
Havia aí um som penetrante latejante?
Falar-te-ão,
Do enforcamento primaveral assustador
Da travessia imunda
De suma primazia do murmúrio

A vida é uma armadilha
Na qual
Viver ás vezes é insuportável.

Muitamente exultou sua oração tão muitamente
Gravada grávida pronta para parir
Sob uma piscadela desmaiada

Blablabando apareceste
Permanentemente estático
Largado imóvel
Deste sangue congelado em fria veia
Nervos tornam-se pedras
Um olhar um aço
Incapaz de dizer maleabilidades

Um cigarro negro flutuante em cantolábio
Mostrando a distanteamente
Beleza nua tímida delicada

Tem dias que esquecer é preciso

Minha morte bem concebida
Na intenção de minha sobrevivência
Fecunda tão quanto infecunda
Que aduz e jaz o espírito em mim

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 20:03

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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