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Ziguezagueia destino ziguezagueante

Destino é nuvem atordoada por sobre céus desgastados
É fugir sem saber o que te persegue
Perseguir algo e ser atirado para o lado

Tripúdio cricrilante de pés flexíveis
No sem ritmo som de desejos
Ser levado sem saber para onde
Chegar num lugar
Que não era pra ser
Querer o que pode conseguir
Conseguir o que nunca quis

Longe das famas conturbadas
Perto de encantos derrotados
& vitoriosos

Estar séqüito ao movimento das vidas

Escrever agora o contrário de antes

Perder ideia
Encontrar ideia

Ser o que pensava,
Mas com diferente emoção
Do tino primeiro

Ziguezagueia destino ziguezagueante!

Som fluído em tímpanos endurecidos
Ouvido discordando deste fluxo mental
Destino difícil destino duvidoso destino
De lanças soltas para o ar discreto.
Fere sem saber quem
Quem ferido sem saber o porquê

Destino acaso destino inenarrável destino
Ido sem volta
Volta sem nunca ter partido

Destino beijo roubado de amor apedrejado
De ar deixado no pulmão
Inspirado
Aspirado

Fluxo mental de mentais esferas

Destino sol que adentra janelas
Orientando o diferente movimento do quarto

Voz não pensada em línguas mudas
Mudas brotantes do nada

Ziguezagueia destino ziguezagueante
Sim, ziguezagueia e ziguezagueia
Até cair e ziguezaguear mais e mais...

Tocar o que encontrar sem saber o quê
O quê encontrado sem ser tocado

Encostar-se a um cume duma vela
E tomar nota:
(Aqui está um poeta
Que vive a loucura que sonha)

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terça-feira, dezembro 15, 2009 - 19:48

Ministério da Poesia :

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Alcantra

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