SONOS INQUIETOS


Hora de mãos dadas
ao cremadoiro que não arde.

Lúmen tarde.

Fronha de sombras
como luva na arena do rosto.

Vulto em zebra.

Traço alvinegro
como pilar dos olhos.

Tremulardes em arco
como bitola do passo aleatório.

Gaiola como auditório de promessas.

Serões em pressas,
impressas no casco de um barco sem leme.

Eme de maré que enfeita
a lua perfeita na praia da noite.

Ir e vir em grito.

Fanico como onda que embate
no pico insano dos penedos do corpo.

Distúrbio do qual
o pesadelo entra pelas entranhas da alma.

Sonos inquietos.
 

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Wednesday, July 13, 2011 - 18:41

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Henrique

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