Breve encontro com o tempo
Breve encontro com o tempo
Num encontro fortuito com o tempo
(antes que tanto queria dizer)
naquele momento não saiu nada.
Receei que se tornasse inimigo,
ainda mais do que já o sinto.
Ele, coitado, até é bom rapaz,
Culpa minha, não ser capaz
de com ele ter convivência.
Atraiçoaria a minha consciência,
tenho culpa desta quesilência.
Ele é apenas abstracto,
eu um ser concreto
sapiente de racionalidade
mas também de finitude.
Cabe-me marcar um encontro…
Ele é eternidade!
Em diálogo monossilábico,
agarraria a sua ideia.
Seria audaz, pedindo:
dá-me o tempo de que preciso
para deixar em registo
o que esta alma incendeia…
Apenas isto, não aquilo
de que, por vezes, desisto…
OF 15-05-2011
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Sunday, September 18, 2011 - 02:38
Poesia :
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Comments
Breve encontro com o tempo
O tempo das palavras e o tempo do branco do papel no espaço das letras
Quando queremos podemos viajar no tempo e com o tempo...!, e é sempre tempo
P/ josé maldonado (Breve encontro com o tempo)
O tempo assinalado em papel, em palavras escritas, pelo tempo que percecionamos dentro e no confronto com o calendário que o marca..
Uma "guerra" sempre perdida, neste ângulo. Por isso há que o ganhar doutras formas...
Obg pela sua leitura e visita agradável.
Sentir-se-á bem por aqui!
Abraço
Breve encontro com o tempo
Como o tempo é breve!
A finitude e a eternidade a marcar um tempo que afinal não nos pertence.
E o que é que nos pertence?
É, no entanto, um tema aliciante para um encontro tão fortuito.
Muito bom Odete.
Beijinhos,
Teresa
Breve encontro com o tempo
De facto, Teresa, o que nos pertence?
Momentos, instantes que fazem o favor de nos olhar algum tempo!
E apenas a memória, enquanto ela não de desmemorizar!
Bjo, querida amiga :)