Gilliat e Deruchete

Naufrágios sao frágeis para seus braços,
Trabalha na gávea, na proa, no mastro, vai farto!
Confia Gilliat em seu esforço, assusta-se e dança!
Engole a onda, a longitude, lasca de lenha balança e
Durande, vapor velho, encalha um parto no vácuo...

Eterna ventosa lambe a chaga, labuta infinita
Chacoalha o oceano o casco da pança, gaivota...
A âncora engasga, em asma o fole, trapaça gravita...
Devaneia Deruchete no balanço, serenata na infância...
Persista!

Bonnie Dundee é conforto ao desespero. Sua herança
tem os nervos como cego nevoeiro, beija e cansa
Vai marinho, cavalgar a tempestade... toma as rédeas!

O herói deixou um marco em meu peito, como nódoa
Latejando de profícua lealdade ao que planeja, o marujo que gargalha...
Que suspeito ser o mesmo que trabalha... ou quem ara

Quem areja com esforço a sutileza desta terra, a natureza
Não aceita que marés devorem braços que operam...
Nada, nada, bate as asas, já sangraste em demasia pela praia
O castelo de areia cede ao vento mais eterno!

http://outubrorubro.blogspot.com/2011/12/gilliat-e-deruchete.html

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Thursday, December 1, 2011 - 14:29

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marcelocampello

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Obrigado Daniele!

Oh que beleza que aceitou meu convite para amizade e que bom que gostou do poema, é que acabei de ler o livro pela segunda vez e creio realmente ser um dos melhores livros que ja li!!!

Muito obrigado mesmo, seus poemas também são lindos, com uma sutileza e força incriveis!

Abraços!

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