A CADA NOVA MANHÃ

 

De mãos nos bolsos, sereno
contemplo a natureza,
em toda a sua infinita beleza,
que, nos olhos, eu irei

guardar. O rio é um lençol
de linho, bordado
com o azul do céu, cravejado
de filigranas, prateadas.

No vai e vem das águas livres,
as ondas cavalo,
não sofrem qualquer abalo,
procurando sua foz.

E leve, levemente, são os
barcos, singrando
o Tejo, que vão almejando,
no deslizar da proa.

Ao longe, bem resguardadas,
as aves migratórias,
trazem mil e uma histórias,
da estranja, mátria.

E o cândido sol, traz-me, aos
passos, o caminho,
no qual, divagando sozinho,
sonho prenhes futuros.

Qual o colorido destes jardins,
nas flores, a esperança,
de um sorriso de uma criança,
a cada nova manhã.

Jorge Humberto
12/12/11

Submited by

Thursday, January 19, 2012 - 14:16

Poesia :

No votes yet

Jorge Humberto

Jorge Humberto's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 5 years 14 hours ago
Joined: 01/15/2012
Posts:
Points: 1844

Comments

Teresa Almeida's picture

A poesia nascendo na infinita

A poesia nascendo na infinita beleza da manhã!

Gostei.

Um abraço.

Jorge Humberto's picture

Obrigado!

Obrigado querida Teresa, pelo teu comentário a meu poema, e por teres aceite ser minha amiga,
 

Beijinhos
Jorge Humberto

Odete Ferreira's picture

Acabei de fazer

Acabei de fazer a leitura dos poemas postados. Registo, neste, a impressão geral que me causaram.

Um sujeito poético autêntico, em que os elementos da natureza são referenciados como companheiros de estados de alma, metaforizados e personificados,

expondo a sensibilidade inata do seu eu poético.

Poesia bem agradável de ser lida! Parabéns.

Bjo smiley

 

Jorge Humberto's picture

Obrigado!

Olá minha querida Odete, grato pelas tuas bonitas palavras a meu poema, gosto muito de escrever sobre a natureza.
Agradeço teres aceite seres minha amiga.
 

Beijinhos
Jorge Humberto

Add comment

Login to post comments

other contents of Jorge Humberto

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Aphorism Não à pena que mereça aplauso 0 1.105 02/02/2012 - 12:18 Portuguese
Poesia/Meditation SANTIMÓNIA 0 1.191 02/01/2012 - 12:33 Portuguese
Poesia/Intervention ESPELHO DUPLO 0 1.060 02/01/2012 - 12:25 Portuguese
Poesia/Meditation AOS PAIS 0 921 02/01/2012 - 12:16 Portuguese
Poesia/General DA CONDIÇÃO DE MULHER 2 1.006 02/01/2012 - 12:12 Portuguese
Poesia/General FOTOGRAFIA 0 824 01/31/2012 - 12:24 Portuguese
Poesia/General MULHER 0 987 01/31/2012 - 12:19 Portuguese
Poesia/General POEMA INACABADO 0 960 01/30/2012 - 12:38 Portuguese
Poesia/General OLHOS PARA NADA 0 781 01/30/2012 - 12:34 Portuguese
Poesia/General O FADO 0 1.152 01/30/2012 - 12:31 Portuguese
Poesia/Love ENFIM… SONHAR-TE 0 962 01/29/2012 - 12:46 Portuguese
Poesia/General A FORÇA DE UM PENSAMENTO 0 1.607 01/29/2012 - 12:39 Portuguese
Poesia/Love A DONA DO MEU CORAÇÃO 0 1.550 01/29/2012 - 12:36 Portuguese
Poesia/General A Uma Só Voz 2 715 01/29/2012 - 12:11 Portuguese
Poesia/General A SÓS COM MEUS VERSOS 0 1.337 01/28/2012 - 12:33 Portuguese
Poesia/General A BELEZA DE MINHA POESIA 0 1.386 01/28/2012 - 12:21 Portuguese
Poesia/Love QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER 2 1.024 01/28/2012 - 11:46 Portuguese
Poesia/General ALMAS RUDES 0 1.151 01/27/2012 - 17:12 Portuguese
Poesia/General AH, DÊEM-ME ROSAS! 0 920 01/27/2012 - 17:08 Portuguese
Poesia/Love BOM DIA AMOR... 4 861 01/27/2012 - 17:00 Portuguese
Poesia/General A DANÇA DAS ANDORINHAS 2 2.213 01/27/2012 - 16:49 Portuguese
Poesia/Intervention ESTE POVO QUE A SI SE PERMITE 0 1.570 01/26/2012 - 13:57 Portuguese
Poesia/Joy QUANDO A DANÇA SE CONFUNDE COM A NATUREZA 4 989 01/26/2012 - 12:30 Portuguese
Poesia/General MÚSICA 2 884 01/25/2012 - 19:01 Portuguese
Poesia/General NA VOZ LIVRE DO POEMA 0 1.116 01/25/2012 - 12:33 Portuguese