ESTA ANSIEDADE, SEM RAZÃO

 

 

Esta ansiedade, sem razão aparente,

é o meu fado e triste sorte,

que me acompanha, escrupulosamente,

desde a nascença, até á morte.
 

Sempre um desassossego, se apresta

(neste meu ilusório, dia-a-dia),

lembrar-me, o bem pouco, que me resta,

o que da vida, tenho por companhia.
 

Espelhos oblíquos, em todo o seu desdém,

trazem-me o ridículo, de meu ser,

e eu, que sempre tento chegar, mais além,

nada alcanço, neste meu sofrer.
 

Em sublimes poemas, a exaltação do amor,

é para mim o oxigénio e a emoção;

e cantando-o, sinto um imenso estertor,

só não sei, de meu coração!
 

Ao povo elevo a minha voz, meu pendão!

E aí, sou a solidariedade,

àqueles, que, incrédulos, escutam o vil «não»,

de quem lhes nega, a liberdade.
 

Porém triste sou, sem quaisquer nostalgias,

que, a saudade, é carrasca,

de quem, sem ter nem porquê ou alegrias,

vai na vida, que o arrasta.
 

Jorge Humberto
27/11/11

Submited by

Sunday, March 11, 2012 - 11:34

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Jorge Humberto

Jorge Humberto's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 4 years 50 weeks ago
Joined: 01/15/2012
Posts:
Points: 1844

Comments

apsferreira's picture

A Alma do poeta é assim

A Alma do poeta é assim mesmo,

pois, o coração assim o dita.

Gostei de ler-te,

:-)

 

Jorge Humberto's picture

Meu querido, amigo, Apsferreira,

Meu querido, amigo, Apsferreira,

uma vez mais agradeço teus passos, a meu cantinho de poesia.
Poeta sempre se questiona premanentemente, despindo o fato humano que o veste.

Abraços meus
Jorge Humberto

Eduarda's picture

sempre sem razão

estae estar sem estar, onde a hmanidade é povo inóspito da nossa razão de escrever.

 

beijos mil

Jorge Humberto's picture

Minha querida, Eduarda,

Minha querida, Eduarda,
 

Grato por continuada presença, lendo meus versos. Como bem o dizes, o povo é a nossa razão de ser e de escrever.
 

Beijinhos mil
Jorge Humberto

Add comment

Login to post comments

other contents of Jorge Humberto

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Aphorism Não à pena que mereça aplauso 0 1.102 02/02/2012 - 12:18 Portuguese
Poesia/Meditation SANTIMÓNIA 0 1.189 02/01/2012 - 12:33 Portuguese
Poesia/Intervention ESPELHO DUPLO 0 1.054 02/01/2012 - 12:25 Portuguese
Poesia/Meditation AOS PAIS 0 916 02/01/2012 - 12:16 Portuguese
Poesia/General DA CONDIÇÃO DE MULHER 2 999 02/01/2012 - 12:12 Portuguese
Poesia/General FOTOGRAFIA 0 817 01/31/2012 - 12:24 Portuguese
Poesia/General MULHER 0 985 01/31/2012 - 12:19 Portuguese
Poesia/General POEMA INACABADO 0 957 01/30/2012 - 12:38 Portuguese
Poesia/General OLHOS PARA NADA 0 776 01/30/2012 - 12:34 Portuguese
Poesia/General O FADO 0 1.150 01/30/2012 - 12:31 Portuguese
Poesia/Love ENFIM… SONHAR-TE 0 960 01/29/2012 - 12:46 Portuguese
Poesia/General A FORÇA DE UM PENSAMENTO 0 1.604 01/29/2012 - 12:39 Portuguese
Poesia/Love A DONA DO MEU CORAÇÃO 0 1.536 01/29/2012 - 12:36 Portuguese
Poesia/General A Uma Só Voz 2 711 01/29/2012 - 12:11 Portuguese
Poesia/General A SÓS COM MEUS VERSOS 0 1.333 01/28/2012 - 12:33 Portuguese
Poesia/General A BELEZA DE MINHA POESIA 0 1.374 01/28/2012 - 12:21 Portuguese
Poesia/Love QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER 2 1.022 01/28/2012 - 11:46 Portuguese
Poesia/General ALMAS RUDES 0 1.128 01/27/2012 - 17:12 Portuguese
Poesia/General AH, DÊEM-ME ROSAS! 0 918 01/27/2012 - 17:08 Portuguese
Poesia/Love BOM DIA AMOR... 4 856 01/27/2012 - 17:00 Portuguese
Poesia/General A DANÇA DAS ANDORINHAS 2 2.202 01/27/2012 - 16:49 Portuguese
Poesia/Intervention ESTE POVO QUE A SI SE PERMITE 0 1.565 01/26/2012 - 13:57 Portuguese
Poesia/Joy QUANDO A DANÇA SE CONFUNDE COM A NATUREZA 4 987 01/26/2012 - 12:30 Portuguese
Poesia/General MÚSICA 2 882 01/25/2012 - 19:01 Portuguese
Poesia/General NA VOZ LIVRE DO POEMA 0 1.113 01/25/2012 - 12:33 Portuguese