LANTERNA DE VENTOS

Areal de marés deploradas.

Passo por onde me passeiam os pés.

Farol aureolado pela areia moída em ânsia.

Sentimentos sensíveis
quão estridentes no grito da minha polpa.

Romance, estrondo nocturno,
desordenado.

Emoções triviais em coreografias de solidão.

Sozinho noite dentro,
vou por mim fora terapia extinta.

Ocaso onde o desejo é uma lanterna de ventos.

Sopro preso ao mar de uma palavra de amor.

Fogos a dois.

Estrelas escritas numa linha de sorrisos.

Sensos gesticulados
ao ler as piruetas da alma insana.