Primeiro

^{À minha Sakura}

Um dia, o primeiro dia, nunca será esquecido:
Aquele em que enquanto o mar não cessava o brado
Tal que por meu tom de voz contigo abraçado
De delicados tons o céu estava tingido.

Dia em que mesmo o caminho tendo esquecido
Sabia no mais correto estar ‘stando ao teu lado,
O areal escuro a passos errantes marcado:
Ora misturavam-se ora eram interrompidos...

Dia que dia não mais era, pois já estava tarde:
O teu corpo pelas mãos até sobre o meu
Puxado. O meu sob o teu incontido sorriso.

Dia que perdura ao olhar noturno que ainda arde:
Enterrados na areia enquanto ao vento os teus,
Num beijo ao crepúsculo unindo a terra ao paraíso...
^{13 de outubro de 2012 – 21h 44min
Natal   -  Rio Grande do Norte  -  Brasil}

Adolfo J. de Lima