O meu préstimo…
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Da Terra turba e eu nela aposte
E apenas nela, da margem noja,
Low-cost ou Prada céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela acresça, em cena
Agora:- A minha aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se me apregoaram
Devidamente à entrada em palco,
Mas ouso enfrentar-vos aos dois,
Passado e futuro, num só tempo,
Em via de ferro dupla e curva,
Sendo eminente, a catarse dum
Espírito meu, obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da ladra,
Sem pago de mestre nem mester,
Pago por medalha grega d’vintém
Ou magro ornato de oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 13415 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | Feliz como poucos … | 3 | 4.687 | 03/24/2022 - 13:15 | Portuguese | |
Poesia/General | Nada, fora o novo ... | 17 | 3.791 | 03/19/2022 - 21:01 | Portuguese | |
Poesia/General | A tenaz negação do eu, | 8 | 4.386 | 03/19/2022 - 20:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Nunca tive facilidade de | 29 | 30.788 | 03/11/2022 - 18:20 | Portuguese | |
Poesia/General | Tudo em mim, | 13 | 11.436 | 02/25/2022 - 18:40 | Portuguese | |
Poesia/General | E eu deixei meus olhos | 12 | 4.051 | 02/25/2022 - 18:40 | Portuguese | |
Poesia/General | Meu instinto é dado pelos dedos mindinhos | 22 | 7.039 | 02/25/2022 - 18:39 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Sem nada … | 17 | 5.217 | 02/19/2022 - 16:18 | Portuguese | |
Poesia/General | Até que mais seja | 33 | 6.387 | 02/17/2022 - 11:28 | Portuguese | |
Poesia/General | Send'a própria imagem minha, Continuo'a ser eu ess’outro … | 18 | 11.547 | 01/21/2022 - 19:07 | Portuguese | |
Poesia/General | Perfeitos no amor e no pranto … | 46 | 5.508 | 01/20/2022 - 23:04 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O facto de respirar … | 43 | 9.470 | 01/19/2022 - 21:36 | Portuguese | |
Poesia/General | Não me substituam a realidade | 36 | 5.367 | 01/15/2022 - 10:31 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Sou tudo quanto dou e devo ... | 18 | 6.067 | 01/04/2022 - 19:16 | Portuguese | |
Poesia/General | Cada um de todos nós é todo'mundo, | 31 | 10.543 | 12/11/2021 - 21:10 | Portuguese | |
Poesia/General | Sou minha própria imagem, | 2 | 5.832 | 07/01/2021 - 12:50 | Portuguese | |
Poesia/General | Há um vão à minha espera | 2 | 4.458 | 07/01/2021 - 12:50 | Portuguese | |
Poesia/General | leve | 4 | 7.338 | 06/28/2021 - 15:39 | Portuguese | |
Poesia/General | Deus Ex-Machina, “Anima Vili” ... | 1 | 7.355 | 06/24/2021 - 11:38 | Portuguese | |
Poesia/General | Da significação aos sonhos ... | 1 | 5.122 | 06/22/2021 - 10:01 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Sonho sem fim, nem fundo ... | 1 | 4.431 | 06/21/2021 - 16:27 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Absurdo e Sem-Fim… | 1 | 4.993 | 06/21/2021 - 16:26 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A Rua ao meu lado ou O Valor do riso... | 1 | 5.912 | 06/21/2021 - 16:25 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Rua dos Douradores 30 ... | 1 | 8.705 | 06/21/2021 - 16:25 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Excerto “do que era certo” | 1 | 9.007 | 06/21/2021 - 16:25 | Portuguese |
Comments
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,