O meu préstimo…
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Da Terra turba e eu nela aposte
E apenas nela, da margem noja,
Low-cost ou Prada céu-da-boca, (sei lá),
Sem que eu a ela acresça, em cena
Agora:- A minha aparente conquista,
Desta feira-d’aluguer e eu, louco-d‘aldeia,
Que se chama Terra-minha-acanhada,
-Não sei, ao menos, se me apregoaram
Devidamente à entrada em palco,
Mas ouso enfrentar-vos aos dois,
Passado e futuro, num só tempo,
Em via de ferro dupla e curva,
Sendo eminente, a catarse dum
Espírito meu, obediente sub-fogo-fátuo,
Não crendo seu supra-préstimo,
De vidente de feira da ladra,
Sem pago de mestre nem mester,
Pago por medalha grega d’vintém
Ou magro ornato de oiro pálido.
Joel Matos (11/2014)
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 14708 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Pangeia e a deriva continental | 1 | 6.236 | 06/21/2021 - 15:32 | Portuguese | |
Poesia/General | Minh’alma é uma floresta | 1 | 3.458 | 06/21/2021 - 15:31 | Portuguese | |
Poesia/General | O lugar que não se vê ... | 1 | 4.594 | 06/21/2021 - 15:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 5.554 | 06/21/2021 - 15:31 | Portuguese | |
Poesia/General | Apologia das coisas bizarras | 1 | 3.548 | 06/21/2021 - 15:30 | Portuguese | |
Poesia/General | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 3.292 | 06/21/2021 - 15:30 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 4.375 | 06/21/2021 - 15:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Permaneço mudo | 1 | 3.969 | 06/21/2021 - 15:28 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Deixai-vos descer à vala, | 1 | 4.624 | 06/21/2021 - 15:28 | Portuguese | |
Poesia/General | "Phallu" de Pompeii! | 1 | 5.765 | 06/21/2021 - 15:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Humano-descendentes | 9 | 6.754 | 06/21/2021 - 15:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Confesso-me consciente por dentro … | 1 | 6.996 | 06/18/2021 - 18:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Versão Endovélica de mim próprio | 32 | 5.707 | 06/17/2021 - 15:54 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Deixemos descer à vala, o corpo que em vão nos deram | 15 | 4.553 | 02/09/2021 - 09:55 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A desconstrução | 38 | 5.263 | 02/06/2021 - 22:18 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Na terra onde ninguém me cala | 1 | 5.599 | 02/06/2021 - 11:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Esquema gráfico para não sobreviver à morte … | 5 | 5.697 | 02/05/2021 - 12:45 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tiras-me as palavras da boca | 1 | 4.972 | 02/03/2021 - 19:31 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A tenaz negação do eu, | 1 | 7.007 | 01/25/2021 - 22:40 | Portuguese | |
Poesia/General | Em pêlo e a galope... | 7 | 5.710 | 11/27/2020 - 18:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Vencido | 3 | 4.073 | 11/25/2020 - 19:26 | Portuguese | |
Poesia/General | O Amor é uma nação em risco, | 1 | 6.976 | 05/03/2020 - 00:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ninguém me distingue de quem sou eu ... | 1 | 5.870 | 04/20/2020 - 23:34 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A um Deus pouco divino … | 1 | 4.970 | 04/19/2020 - 12:02 | Portuguese | |
Poesia/General | “Hic sunt dracones”, A dor é tudo … | 4 | 5.401 | 04/15/2020 - 16:25 | Portuguese |
Comments
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,
Não sei se “m’apresto” ou se
Não sei se “m’apresto” ou se m’avenço,
Nem sei que préstamo tenciona
O dom me emprestar nesta Terra…
Nem o que ela me cobra por ser
Vivo ancião-penso só no presente,
Porquanto no contrário ateimo,
Se viver no passado dispenso
O agora e só, quadrado compacto,
Mas não separo os dois deste lego,
Por temor um ao outro, por bom senso
Ou pelo receio que infecundo é
Seguir no futuro trem astral e atrasado
Demais pra curva-atada dupla,