QUERIA SER POMBA COM ASAS DE ESTANHO

QUERIA SER POMBA COM ASAS DE ESTANHO

Se eu estivesse vivendo com minh’alma em Paz
seria glória e - quem sabe - capaz
de poder transformar cada pena que eu tenho
numa pomba branquinha com asas de estanho.

Voaria sem medo, e segura de mim.
Nada temeria! Nem o meu próprio fim.
Mas eu sou tumulto, espalho amor pela Terra,
em luta constante pelo fim de uma guerra.

Revolta-me saber que há crianças morrendo.
São fonte de esperança que vai perecendo
num cenário hediondo, imundo, imoral.

Revejam-se as regras impostas, caducas,
ditadas por quem, de mentes cutucas,
não distingue a diferença entre o Bem e o Mal.

Maria Letr@