O castelo a que chamo meu

Abri a janela,
arejei o bafo,
saí pr'a varanda,
debruçei-me nela

Fui ver a paisagem,
todo o dia igual,
olhei o castelo
que é medieval

Estava ali tão perto
ao alcance da vista,
perdi a cabeça,
chamei-lhe de meu

Daqui a Palmela
chego lá a pé
e este castelo,
a que chamo meu,
entre coroas de ameias
já nos defendeu

E hoje da torre
da sua imponência
posso ver o Sado,
posso ver o Tejo

Sinto os seus domínios,
sua realeza
respiro bons ares
sinto essa pureza.
São cinco as colinas
que avisto dele
e é este o castelo
a que chamo meu.

Homenagem ao castelo da Vila de Palmela que avisto da minha varanda.

Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
natural: Setúbal
Email: nandaesteves@sapo.pt

Submited by

Thursday, December 31, 2009 - 17:31

Poesia :

No votes yet

Nanda

Nanda's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 12 years 14 weeks ago
Joined: 10/23/2009
Posts:
Points: 2469

Comments

Manuelaabreu's picture

Re: O castelo a que chamo meu

Olá Nanda
Parabéns pela sua poesia que dá de certeza uma aguarela nas mãos de um artista como as de "Cesário Verde" o meu escritor preferido dono de quadras e quadros deambulantes verdadeiramente pintados por letras...a arte tem destas coisas...por vezes "a arte nasce de alguma paixão"... por vezes não
Tenha um feliz 2010 com muita poesia.

:-)

MarneDulinski's picture

Re: O castelo a que chamo meu

LINDO POEMA, LINDO CASTELO QUE CHAMAS TEU!
desejos de um maravilhoso ano novo 2010!
Marne

Angelo's picture

Re: O castelo a que chamo meu

Mais um excelente poema cara amiga Nanda.
Boas entradas para 2010.
Um beijo
Melo

NelsondePaula's picture

Re: O castelo a que chamo meu

Magistral!!! Muito bem feito . E... que inveja da sua vista!

FlaviaAssaife's picture

Re: O castelo a que chamo meu

Nanda,

Que belo castelo e que linda poesia! Quem sabe um dia consigo ir conhecê-lo pessoalmente!

Bjs e um 2010 de muita paz!

Add comment

Login to post comments

other contents of Nanda

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Meditation Entre mim e o vento 5 4.977 02/27/2018 - 13:26 Portuguese
Poesia/Intervention Marioneta 2 3.772 02/27/2018 - 13:24 Portuguese
Poesia/General O Condão 1 3.387 08/28/2012 - 17:58 Portuguese
Poesia/Meditation Carruagem do tempo 1 4.075 07/09/2012 - 08:26 Portuguese
Poesia/Intervention Os renegados 3 4.122 07/02/2012 - 16:11 Portuguese
Prosas/Others Em repúdio aos claustros (elegia a Junqueira Freire) 1 3.740 05/31/2012 - 14:51 Portuguese
Poesia/General Sons da cachoeira 4 4.231 05/25/2012 - 19:16 Portuguese
Poesia/Fantasy O derradeiro ato 2 3.396 04/28/2012 - 22:55 Portuguese
Poesia/Fantasy Poema de água mel 5 2.950 04/21/2012 - 22:25 Portuguese
Poesia/Meditation Rios d´ alma 3 2.912 03/24/2012 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Alcateia 2 3.690 03/17/2012 - 18:09 Portuguese
Poesia/Meditation Ninguém se cruza por acaso 6 3.336 03/17/2012 - 15:58 Portuguese
Poesia/Meditation Inconfidências 5 3.275 03/10/2012 - 16:05 Portuguese
Poesia/Sadness Nas asas da fantasia 2 4.035 03/02/2012 - 00:36 Portuguese
Prosas/Comédia Haja paciência... 1 3.015 01/12/2012 - 13:06 Portuguese
Poesia/Meditation (In)casta 0 4.020 12/11/2011 - 19:56 Portuguese
Fotos/Events Cont(r)o_versus 1 7.216 12/10/2011 - 21:29 Portuguese
Poesia/Dedicated Arrábida minha 2 3.552 11/26/2011 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Astro rei 4 4.101 11/22/2011 - 16:41 Portuguese
Poesia/Fantasy Metáfora 2 3.699 11/06/2011 - 21:13 Portuguese
Poesia/General Ao sabor do tempo 1 4.061 10/16/2011 - 20:10 Portuguese
Poesia/General (In)coerência 2 3.011 10/01/2011 - 18:07 Portuguese
Poesia/Fantasy Fantasiando 4 3.379 09/27/2011 - 08:26 Portuguese
Poesia/Sadness Fios de sargaços 1 3.579 09/26/2011 - 00:21 Portuguese
Poesia/Fantasy Basto-me! 2 4.381 09/24/2011 - 18:25 Portuguese