Se eu...

Se eu...

Se eu tivesse pai, talvez lhe pedisse um conselho.
Se eu tivesse mãe, talvez me atirasse em seu colo e chorava.
Se eu tivesse meu amigo querido por perto, talvez fôssemos em algum barzinho afogar as mágoas.Se você estivesse aqui, e não tão distante como está, talvez eu nem estivesse escrevendo tudo isso.
Se eu tivesse coragem, talvez pusesse fim a esta situação.
Mas em meios a tantos “se”, perco-me diante a indecisão, mesmo ciente de qual vai ser a conclusão.
Meus pais já partiram, e meu amigo está longe de mim.
Qualquer dia ele aparece e a gente sai, vai por aí conversar, ele dirá para que eu esqueça, que mereço mais que isso, eu direi que estou bem assim, e você vai se roer de ciúme, como toda vez em que saio com ele.
Fará uma cena, pedirá desculpa, dirá que me ama, e tudo volta à paz anterior, alegria exagerada, até o dia em que se vai novamente, sem saber quando volta.