Não vejo humanos vai para um bom bocado

Acabo de sair da toca
Também conhecida como caverna
de Platão
Embora curtisse mais que fosse The Cavern
From Liverpool
Dos Fabulous 4

A Alegoria das ideias
É a minha única realidade
E a única noção que tenho de humanidade

A minha linguagem
Remonta à pureza do Sanscrito
Ao tempo de Sansão e Dalila
Misto de indo-europeu

A minha raça é semi-pura
Tenho honra em ser pigmeu
Meio homem meio deus

Duvido da minha própria existência

Conheço meia dúzia
De revistas
Com retratos de artistas
Venero o show-biz

Sou ateu q.b.
A-político o suficiente
Anarquista quando me apetece

O Natal é quando o homem quer
Pelo menos assim me chegam a toda a hora
Os ecos dos anúncios na minha caverna
De Alibabá

Salivo só de te ignorar
A ti ilustre desconhecido
Da espécie humana
(prefiro a companhia dos babuínos)
Saltar de liana em liana
É o meu passatempo favorito
Além de tocar umas batuquidelas
Nu no meu tronco de árvore
A meias entre a Terra-mãe ancestral
E a selva de betão neo-humana

Submited by

Saturday, February 13, 2010 - 11:11

Poesia :

No votes yet

alvarofontes

alvarofontes's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 14 years 6 weeks ago
Joined: 01/09/2010
Posts:
Points: 288

Comments

RobertoEstevesdaFonseca's picture

Re: Não vejo humanos vai para um bom bocado

Parabéns pelo belo poema.

Gostei.

Um abraço,
Roberto

MarneDulinski's picture

Re: Não vejo humanos vai para um bom bocado

LINDO POEMA, GOSTEI MUITO!
SÓ DISCORDO QUANTO A RAÇA PURA, TODOS SOMOS UMA MISTURA DE SERES QUE SE ACLIMATARAM EM LUGARES DIFERENTES DA TERRA, COM ALGUMAS ALTERAÇÕES GENÉTICAS DISSO ACONTECENDO!
CASO EXISTA UMA RAÇA PURA, SERIA OS PRETINHOS DA NOSSA QUERIDA MÃE ÁFRICA, COMPROVADOS CIENTÍFICAMENTE, PROCEDERMOS DIRETAMENTE DESSES IRMÃOS!
Meus parabéns,
Marne

Add comment

Login to post comments

other contents of alvarofontes

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Fotos/Profile 2726 0 1.917 11/24/2010 - 00:51 Portuguese
Ministério da Poesia/Love Cascata virginal 0 2.189 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Telefone azul 0 2.030 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Mulheres nuas 0 2.179 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Rapariga da cidade 0 2.176 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Oração esquecida 0 2.450 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pedra tumular 0 2.417 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Jazo em mim 0 2.626 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Dunas de areia 0 2.115 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Figuras de estilo & de vida 0 2.325 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Abraçar outro corpo 0 2.077 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Heranças de amor 0 2.025 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Cor de luto 0 2.516 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Alma moderna 0 2.172 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General A minha vida 0 2.194 11/19/2010 - 19:20 Portuguese
Ministério da Poesia/General Monolito 0 2.470 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Escritor espacial 0 2.293 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Louco entranho 0 1.944 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General A caminho de Sintra 0 2.254 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Traços melancólicos 0 1.864 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Versos de Andrade 0 1.896 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Escolha dupla 0 2.487 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Lady Chatterley 0 2.147 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Auto-entrevista (cadavre exquis poético) 0 1.795 11/19/2010 - 19:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Aviso final 0 2.312 11/19/2010 - 19:19 Portuguese