o aventureiro

Homem aventureiro
Que nasceu rico
E cheio de dinheiro

Aventura-se na vida
E sente-se o dono
Do mundo parecendo que
Está vivendo num sonho
Tremendo

Entra aqui e acolá
Pois as portas para
Ele estão todas abertas
E certas

Abre a carteira e
Os amigos em volta dele
Fazem uma roda pedem-lhe
Dinheiro e ele empresta
Sem ter juízo na testa

Fica contente e sente-se
A pessoa mais feliz e
Pensa que Deus assim quis

Não se lembra que um
Um dia ele irá acabar
E vai ter muito
Que recuar

O tempo vai passando
E ele gastando pensa
Que o seu mealheiro
Fica sempre inteiro

Chega o tempo em
Que ele já se sente
Doente e cansado e
já nem se sente amado

Quer pagar à criada
Mas não lhe dá nada
E ela já se sente cansada

Os amigos que tinha
Nem o vêem visitar
Porque acabou-se a festa
e eles queriam era festejar

Quem lhes pagava já
Quase não tem ninguém
Sequer para lhe dar um copo com
Agua nem mesmo uma palavra
De consolo e agora acha-se
Um tolo

Tolo por não pensar
Que tudo um dia iria
Acabar mesmo sem ele
Pensar

Hoje em dia quem
O tem poupa-o bem
Porque trabalhou
Toda a sua vida
E o guardou