Só Mínguas de Sonhos
Amortalhar os sonhos que nos dizem
Que há momentos que se guardam
Por tempos indefinidos
É não tentar por um só dia reescrevê-los
Seres viventes nas memórias de uma vida
Sentir que há nestes paralelismos
Uma forma abstracta
Quando nos exilamos do mundo
É darmos vida a outras vidas
Perpetuarmos os nossos corpos
No além vidas
E reeditá-los num espaço
Que se enquadre num novo tempo
Vivo ainda para te dizer
De um marco da nossa história
Que marcou a nossa presença no infinito
Mas não guardei na memória
Os caminhos que me fizeram seguir viagem
E estou aqui numa prece inigualável
Fechada dentro de um aquário dourado
Mas vazio por dentro
(Só minguas de sonhos
Que se transformaram em elos equidistantes)
De lá poderás extrair todas as almas
Que me pediram guarida
E se deitaram comigo
Mas já todos os amores caíram
Quando eu me perdi neste labirinto
E me deitei num leito de águas pardas
Mas se quiseres
Poderás visualizar as cores que eu inventei
Só para nós
Brilham agora além da minha mente
Num imaginário desfocado
E ensandecido por todos os momentos que perdi
Quando atingi o novo arco íris
E nada vi…
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Poesia :
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Comments
Re: Só Mínguas de Sonhos
Minguas de sonhos é muito pouco para quem alcança tanto (tu :-) mesmo quando o corpo cansado se aquieta num exílio de nós.
E porque somos a soma de todas as tentativas continuarás o caminho em direcção ao Sol onde as laranjas são mais doces quando descascads pelas mãos que te exigem. Mesmo que ainda não saibas.
Um beijo
Re: Só Mínguas de Sonhos
Os nossos sonhos sempre estiveram guardados na ponta de uma aguarela com que pintamos cada cor do arco-íris. Cada cor é uma lembrança, um fragmento inquietante de algum tempo em que nos esquecemos de olhar melhor e espreitamos mais perto.... verificamos que o pigmento que preenche a cor, ainda tem falta de alguns pixeis para terminar o brilho. Ao longe ninguém nota, mas nós que vemos ao perto, enxergamos bem como o arco-íris está imperfeito. E nem usamos um conta fios!
Beijinho
Carla
Re: Só Mínguas de Sonhos
Um poema, de variadas cores e reflexos, e assuntos tão circunspectos. A memória da partilha, do querer estar, aí nesse lugar, onde o coração bate, no inclinar de u peito.
Ressalvo:
Mas se quiseres
Poderás visualizar as cores que eu inventei
Só para nós
Brilham agora além da minha mente
Num imaginário desfocado
Genuinamente Delirante...Muito bom mesmo!
Um beijo