Caminho reto
Enfia no reto,
bem direto,
sem lubrificar,
para rasgar,
para doer,
Como ousas falar de um corpo
que nunca sequer chegaste a ver?
Vai catar coquinho
e enfiá-los no teu buraquinho
se não tens nada a fazer.
Resumindo:
Vai te foder!!!!
Caros colegas poetas, com este texto encerro a saga gêneros literários.
Este gênero eu gosto muito, volta e meia poetas românticos sentem este ímpeto satírico.
Saliento aqui como representante do gênero satírico
Manuel Barbosa du Bocage, talvez o mais famoso e consagrado autor de poesia satírica, Padre Braz da Costa Mendonça, rui Moniz entre outros.
Recomendo a leitura dDA Antologia de Poesia portuguesa Erótica e Satírica,de Natália correi- Antígona e Frenesi.
É de se cagar de rir...
Outro cunho da poesia satírica socialmente era criar impacto, pois sempre ficava uma suspeita do ar na ironia criada.
Espero ter conseguido.
Nota: Se procura o livro de Juvenal, veja Sátiras (Juvenal).
A sátira é uma técnica literária ou artística que ridiculariza um determinado tema (indivíduos, organizações, estados), geralmente como forma de intervenção política ou outra, com o objectivo de provocar ou evitar uma mudança. O adjectivo satírico refer-se ao autor da sátira.
A paródia pode estar relacionada com a sátira. A paródia imita outra forma de arte, de uma forma exagerada, para criar um efeito cómico, ridicularizando, geralmente, o tema e estilo da obra parodiada. Ainda que por vezes as técnicas próprias da sátira e da paródia se sobreponham, não são sinónimas. A sátira nem sempre é humorística - por vezes chega a ser trágica. A paródia é, inevitavelmente de carácter cómico. A paródia é imitativa por definição - a sátira não tem de o ser. O humor satírico tenta, muitas vezes, obter um efeito cómico pela justaposição da sátira com a realidade. O principal objectivo da sátira é político, social ou moral - e não cómico... O humor satírico tende, pois, para a sutileza, ironia e uso do efeito cómico do deadpan (impassibilidade do humorista, como se não percebesse o ridículo das situações que apresenta).
Nas sociedades célticas, cria-se que uma sátira composta por um bardo tinha efeitos físicos, semelhantes a uma maldição.
Hoje ainda podemos falar de sátiras e paródias audiovisuais, que nada mais são do que as reproduções da sátira ou da paródia como as conhecemos através de meios audiovisuais, como a televisão, o cinema e mais recentemente a internet. A sátira e a paródia aqui ganham elementos novos, pois passa-se a trabalhar com o jogo de imagens e sons, sendo esses dois os principais elementos com que se irá criar o efeito cômico ou o efeito crítica-ironia, e não mais através somente do texto e de sua interpretação. O leitor da sátira e da paródia passa ao espectador desses estilos que em última análise podem se manifestar em qualquer linguagem.
Uma das características da sátira antiga é a apropriação paródica dos mais diversos gêneros literários da Antiguidade, incluindo uma heterogeneidade estilística em que prosa e verso encontravam misturados no mesmo texto. Mas outra etimologia, ligada à língua grega, associa a sátira à figura mítica do sátiro, lembrando uma de suas características mais importantes, já encontrada na comédia antiga e transmitida ao romance: a irreverência. O que caracteriza a irreverência satírica é o seu caráter denunciador e moralizador. De fato, o objetivo da sátira é atacar os males da sociedade, o que deu origem à expressão latina: castigat ridendo moris, que se pode traduzir livremente como "castigar os costumes pelo riso". Por seu caráter denunciador, a sátira é essencialmente paródica, pois constrói-se através do rebaixamento de personalidades (reais ou fictícias), instituições e temas que, segundo as convenções clássicas, deveriam ser tratados em estilo elevado. Ou seja: a sátira ri de assuntos e pessoas "sérias", para denunciar o que há de podre por trás da fachada nobre impingida à sociedade. Portanto o riso satírico é diametralmente oposto à idealização épica.
Sendo o riso satírico em geral extremamente sarcástico, o grotesco é um dos procedimentos favoritos do satirista, que costuma mostrar a deformação grotesca do corpo do personagem satirizado como uma alegoria dos seus defeitos morais.
Um poeta muito conhecido por suas sátiras foi Gregório de Matos e Guerra, poeta de estilo barroco.
[editar]Técnicas satíricas mais utilizadas
Diminuição - Reduz o tamanho ou grandeza de algo de forma a tornar a sua aparência ridícula ou de forma a fazer sobressair os defeitos criticados. Por exemplo, quando alguém, num discurso político, decide chamar "bando de garotos" aos membros de outro partido, usa a diminuição. A primeira parte de As Viagens de Gulliver, passada na ilha fictícia de Liliput, é também uma sátira diminutiva.
Inflação - Quando se exagera, aumentando, algum aspecto da coisa satirizada. Tal como a diminuição, é uma forma de hipérbole (negativa no primeiro caso, positiva, no segundo). O exagero das dimensões de algo serve também para acentuar os defeitos daquilo que se pretende satirizar. Como exemplo desta técnica, podemos considerar a obra de Alexander Pope, The Rape of the Lock.
outro exemplo: " Os Rolling Stones são tão velhos, mas tão velhos que ja viraram múmias vivas!
Justaposição - Coloca ao mesmo nível coisas de importância desigual, de forma a rebaixar algumas, supostamente "elevadas" ao nível de outras consideradas menos nobres. Por exemplo, quando alguém diz que as suas disciplinas preferidas na escola são Cálculo Diferencial, Física e "micar as gajas" (expressão usada, no calão, em Portugal, e que significa: olhar para as garotas), estará a colocar as disciplinas científicas, supostamente mais elevadas e edificantes, ao mesmo nível de um passatempo que apela a instintos mais básicos.
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 2406 reads
other contents of analyra
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditation | Diga-me | 9 | 2.062 | 03/01/2010 - 17:25 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Events | WAF Brasil | 2 | 8.693 | 02/27/2010 - 20:29 | Portuguese |
Poesia/Passion | À distância do impossível | 10 | 1.596 | 02/27/2010 - 13:44 | Portuguese | |
Poesia/Friendship | Lila amiga amada, alma iluminada | 10 | 2.503 | 02/25/2010 - 23:28 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Corpos | 15 | 2.086 | 02/24/2010 - 03:05 | Portuguese | |
Poesia/Love | Nunca mais | 12 | 2.009 | 02/18/2010 - 04:04 | Portuguese | |
Poesia/Love | Deixar passar o que não tem futuro. | 13 | 2.179 | 02/18/2010 - 01:03 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | Ai Maria... (duo Ana Lyra e Mefistus) | 10 | 1.827 | 02/13/2010 - 16:16 | Portuguese | |
Poesia/Love | Não sei amor | 6 | 1.376 | 02/13/2010 - 16:12 | Portuguese | |
Poesia/Love | Amor Surreal | 12 | 1.654 | 02/13/2010 - 15:44 | Portuguese | |
Prosas/Thoughts | Tristeza | 3 | 1.956 | 02/12/2010 - 19:18 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Viajar e olhar estrelas | 9 | 1.960 | 02/12/2010 - 18:56 | Portuguese | |
Poesia/Comedy | Satirismo poético | 14 | 2.757 | 02/05/2010 - 13:45 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | À noite na cama. | 12 | 1.920 | 01/13/2010 - 16:17 | Portuguese | |
Poesia/Sadness | Corpo | 10 | 2.987 | 01/13/2010 - 16:16 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Tele jornal | 9 | 1.706 | 01/11/2010 - 16:37 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Fado chamado amor | 16 | 2.402 | 01/11/2010 - 16:27 | Portuguese | |
Poesia/Intervention | Deixa-me | 7 | 1.722 | 01/11/2010 - 16:12 | Portuguese | |
Poesia/Love | Poetisa amorosa | 12 | 1.790 | 01/11/2010 - 16:08 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Pedido | 7 | 1.079 | 01/10/2010 - 22:27 | Portuguese | |
Poesia/Passion | Qualquer | 11 | 1.969 | 01/09/2010 - 12:15 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | Passeando de mão com o lúdico. | 14 | 1.926 | 01/08/2010 - 19:02 | Portuguese | |
Poesia/General | Já é tarde | 7 | 1.446 | 01/08/2010 - 17:51 | Portuguese | |
Poesia/Love | Magia no ar | 11 | 2.030 | 01/08/2010 - 17:45 | Portuguese | |
Poesia/Erotic | Sentido negado, desejo exaltado | 7 | 2.046 | 01/08/2010 - 12:46 | Portuguese |
Add comment