Frágil...eu?


Que nada!
Eu sou, é uma torre!

Não sou de mim carcereira
Nem isco de vulnerabilidade
Só faço na vida o que me der na telha
Crio crosta, carapaça
Iço a bandeira da liberdade

Amadureci refinada
Nada ou ninguém me subjuga
Já perdi colo de mãe
mas, em mim encontro morada

Lá fora paira a decepção
A paz trago armazenada
O meu eu já se completa
Recuso ser solitária

Para voar e ir mais longe
basta-me a revoada
da luz do meu pensamento

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal

Submited by

Friday, August 27, 2010 - 15:27

Poesia :

No votes yet

Nanda

Nanda's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 12 years 21 weeks ago
Joined: 10/23/2009
Posts:
Points: 2469

Comments

Henrique's picture

Re: Frágil...eu?

Para voar e ir mais longe
basta-me a revoada
da luz do meu pensamento

Este seria o meu comentário!!!

Adorei a energia emanada deste poema!!!

:-)

Librisscriptaest's picture

Re: Frágil...eu?

Uma imagem da força da mulher feita, inteira, resolvida!
Que encontra dentro de si a verdadeira morada, onde se sente completa e segura!
Mas, minha querida Nanda, até uma arvore centenária se verga às vezes com o vento... AAs mulheres são torres sensíveis, edificadas em tijolos polidos de sentimentos que as vezes lascam!
Admiro essa força toda, aparentemente tão inquebravel e por dentro tão delicada e sensivel!
Beijinho em ti!! Abracinho tb!!
Inês

varenkadefatima's picture

Re: Frágil...eu?

Tu és uma Torre iluminada...Isto é o que eu sei!

Beijinhos

Varenka

apsferreira's picture

Re: Frágil...eu?

Gostei de ler o seu poema, Nanda,
e, nele, a afirmação inequívoca do
do seu ser, no seu estar.
:-)

Add comment

Login to post comments

other contents of Nanda

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Meditation Entre mim e o vento 5 5.027 02/27/2018 - 13:26 Portuguese
Poesia/Intervention Marioneta 2 3.909 02/27/2018 - 13:24 Portuguese
Poesia/General O Condão 1 3.456 08/28/2012 - 17:58 Portuguese
Poesia/Meditation Carruagem do tempo 1 4.155 07/09/2012 - 08:26 Portuguese
Poesia/Intervention Os renegados 3 4.324 07/02/2012 - 16:11 Portuguese
Prosas/Others Em repúdio aos claustros (elegia a Junqueira Freire) 1 3.829 05/31/2012 - 14:51 Portuguese
Poesia/General Sons da cachoeira 4 4.269 05/25/2012 - 19:16 Portuguese
Poesia/Fantasy O derradeiro ato 2 3.472 04/28/2012 - 22:55 Portuguese
Poesia/Fantasy Poema de água mel 5 3.085 04/21/2012 - 22:25 Portuguese
Poesia/Meditation Rios d´ alma 3 3.011 03/24/2012 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Alcateia 2 3.831 03/17/2012 - 18:09 Portuguese
Poesia/Meditation Ninguém se cruza por acaso 6 3.402 03/17/2012 - 15:58 Portuguese
Poesia/Meditation Inconfidências 5 3.418 03/10/2012 - 16:05 Portuguese
Poesia/Sadness Nas asas da fantasia 2 4.169 03/02/2012 - 00:36 Portuguese
Prosas/Comédia Haja paciência... 1 3.126 01/12/2012 - 13:06 Portuguese
Poesia/Meditation (In)casta 0 4.068 12/11/2011 - 19:56 Portuguese
Fotos/Events Cont(r)o_versus 1 7.361 12/10/2011 - 21:29 Portuguese
Poesia/Dedicated Arrábida minha 2 3.660 11/26/2011 - 19:52 Portuguese
Poesia/Fantasy Astro rei 4 4.190 11/22/2011 - 16:41 Portuguese
Poesia/Fantasy Metáfora 2 3.839 11/06/2011 - 21:13 Portuguese
Poesia/General Ao sabor do tempo 1 4.146 10/16/2011 - 20:10 Portuguese
Poesia/General (In)coerência 2 3.055 10/01/2011 - 18:07 Portuguese
Poesia/Fantasy Fantasiando 4 3.449 09/27/2011 - 08:26 Portuguese
Poesia/Sadness Fios de sargaços 1 3.682 09/26/2011 - 00:21 Portuguese
Poesia/Fantasy Basto-me! 2 4.452 09/24/2011 - 18:25 Portuguese