Agora e na hora da nossa morte

O tiro disparado  das palavras agora e na hora da nossa morte. Chegam os pássaros para a despedida, até a lua fecha os olhos para não ver o teatro deploravel das notícias.

O tiro disparado das palavras agora e na hora da nossa morte.

No quarto do hotel a noite inventa um crime, tu dormes tranquilamente como uma pedra sobre a voz daqueles que se anulam. Agora e na hora da nossa morte.

O tiro disparado das palavras. O medo entrelaçado nos dedos como um rosário, um comando pronto a desligar a respiração. Agora e na hora da nossa morte. Aquela montanha se vê grande como um olhar que deixa a terra. Agora e na hora da nossa morte. E de novo chegam os pássaros e todas as coisas comuns como se fossem as mais profundas. A morte é uma coisa pestilenta que sai como um tiro. Infame destino dos que se divertem a pensar verdadeira tão grande mentira

 

Lobo 011

Submited by

Thursday, February 17, 2011 - 17:31

Poesia :

No votes yet

lobo

lobo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 7 years 17 weeks ago
Joined: 04/26/2009
Posts:
Points: 2592

Comments

O urbanista concreto's picture

Ó morte.

É como já dizia o poeta "A morte é o segredo da vida". belo texto gostei.

MarneDulinski's picture

Agora e na hora da nossa morte

Lobo!

Ontem , ou nessa madrugada, tentei ler este seu  lindo texto, e não tinha texto!

Ai,até brinque, só me faltava dizer amém,como diz o padre nosso!

Não sei o que houve, talvez algum problema técnico no site!

Um abraço,

MarneDulinski

 

Dionísio Dinis's picture

Um beíssimo texto.Gostei

Um beíssimo texto.Gostei deveras.

Add comment

Login to post comments

other contents of lobo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Dedicated A luta 1 2.360 05/19/2012 - 17:16 Portuguese
Poesia/Disillusion Podia dizer que os livros não servem para nada 0 1.389 05/07/2012 - 21:28 Portuguese
Poesia/Thoughts Agora mesmo nas mãos fechadas 2 2.244 04/21/2012 - 05:12 Portuguese
Poesia/Dedicated Aquele navio 3 1.881 04/21/2012 - 05:11 Portuguese
Poesia/Dedicated A fome parecia uma equação 1 2.026 04/07/2012 - 09:26 Portuguese
Poesia/General o chão de brasas 2 1.448 03/18/2012 - 21:27 Portuguese
Poesia/Dedicated Escutas a água 0 1.962 01/23/2012 - 13:28 Portuguese
Poesia/Dedicated Segues essa sinuosa estrada 0 2.173 01/23/2012 - 00:58 Portuguese
Poesia/Intervention Na rua não ficou nada 0 1.503 01/20/2012 - 01:13 Portuguese
Poesia/General Não havia pedra 1 1.361 01/20/2012 - 00:40 Portuguese
Poesia/Intervention Agora estás parada no meio da linha branca e preta 0 3.016 01/19/2012 - 21:05 Portuguese
Poesia/General Video game 0 1.891 01/19/2012 - 00:38 Portuguese
Poesia/General A tua forma de sentir 0 1.742 01/17/2012 - 01:34 Portuguese
Poesia/Intervention Se o natal faz frio 1 1.839 01/13/2012 - 19:52 Portuguese
Poesia/General Atravesso a estrada 0 1.580 01/12/2012 - 22:11 Portuguese
Poesia/General Deixa-me ler as tuas mãos 0 1.967 01/11/2012 - 20:54 Portuguese
Poesia/General No outro lado 0 1.304 01/11/2012 - 00:09 Portuguese
Poesia/General Apanha a solidao 0 1.753 01/10/2012 - 18:20 Portuguese
Poesia/General Atirou uma pedra á cabeça 0 2.150 01/10/2012 - 02:09 Portuguese
Poesia/General Havia essa rua estreita 0 1.708 01/09/2012 - 02:08 Portuguese
Poesia/Dedicated A noite anda nos espelhos 2 1.492 01/09/2012 - 01:27 Portuguese
Poesia/Aphorism Acendo a floresta 0 1.332 01/06/2012 - 16:28 Portuguese
Poesia/General Vou me despir 0 1.783 01/06/2012 - 13:36 Portuguese
Poesia/General Quem mistura a chuva na farinha 0 2.187 01/02/2012 - 20:22 Portuguese
Poesia/General O teu amor e um maço de cigarros 0 2.287 01/02/2012 - 01:24 Portuguese