A puta da esquina
Jaula sem barrotes
Lembrava-se um leão
Rodando sem cadeados
Sem pena nem coração.
Quem dera estar noutro lado
Escapar daquele chão
Ser criança uma vez mais
Ver se livre da escravidão.
Lembrava-se a menina
Do que significa ser criança
Recordava essa lembrança
Que se esquece sem esperança.
Se alguém pudesse ouvir
Certamente saberia o que fazer
Chorar por ela não rir
Saber o que significa perder.
Houvesse sangue no teu coração
Talvez tomarias uma decisão
E quando todos dissessem “sim”
Talvez tu dissesses “não”.
Mais um cliente
Mais dinheiro a ganhar,
Nada seria estranho
Se a puta tivesse idade para votar.
Levava a vida sem opção
Sem saber o que fazer
Era jovem e inexperiente
Achando-se para se perder…
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Thursday, June 26, 2008 - 16:08
Poesia :
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Comments
Re: A puta da esquina
As emoções são a realidade da escrita!
:-)
Re: A puta da esquina
Simplesmente maravilhoso, mostras aqui a verdadeira e dura realidade! Não tenho palavras!
Parabens!
Beijinho!
Re: A puta da esquina
"Levava a vida sem opção
Sem saber o que fazer
Era jovem e inexperiente
Achando-se para se perder…"
Excelente...resumiste a tua mensagem nestes versos e transmitiste o que é a vida de quem anda perdido na rua.
Parabéns