Nunca antes, nunca mais!
Nesta altura do ano
O parque é um bom sitio para estar,
Deixar a tarde boiando no café
Enquanto se fica a ler ou a pensar…
Assim estava Ele um dia
Que importa o nome recordar,
A tarde serena e fria
O cheiro a café enchendo o ar…
As folhas do jornal
Passadas sem emoção,
Noticias da vida e do mundo
Lidas à margem da paixão!
Ele estava sozinho
Apesar do café estar a abarrotar,
Do outro lado do jornal soa
Um “desculpe não há mais sitio para sentar!”
Alguem se sentou consigo
Baixou o jornal discreto para olhar,
Sentio tremer a coluna
Ao ver um olhar mais fundo que o mar…
Olhos azuis claros
Dificeis até de imaginar,
Olhos belos e sinceros
De que não tem pena de chorar…
Cai uma folha sobre a mesa
“Parece que o Outono esta a avançar”,
Alguem parecia meter conversa
Ele não conseguia falar…
Nunca tinha acontecido
Nunca sequer Ele ousaria pensar,
Que não querendo dizer nada
Moresse de vontade de falar…
Alguem tomou o café
Levantou-se e desapareceu,
Perdeu-se entre a multidão
Vigiada pelo céu!
Aquela taça vazia
Ele ninguem deixou tocar,
Mesmo à empregada pediu
“Por favor deixe ficar!”
À noite em casa sozinho
Dormindo sem sono só p´ra sonhar,
Sonhava com os olhos azuis de um rapaz
Que nunca mais voltou a encontrar…
Bem antes de mais explicar um pouco a coisa, este poema nasce da vida de alguem muito proximo, grande amigo e musico louvavel, o qual gostaria de memorar de alguma maneira...
decorrido em madrid um encontro num parque com alguem que jamais voltou a ver mas que colocou de cabeça para o ar todo o seu universo.
Peço desculpa se ferir alguma sensibelidade com este poema, no entanto, espero que agrade a todos, pelo menos tanto como a mim me agradou escreve-lo!
(juan mi amigo si algun dia te passas por aca que sepas que va por ti este poema! y que todo en esta vida se supera :-) )
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 564 reads
Add comment
other contents of Tommy
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Love | Verdade Mútavel | 1 | 606 | 02/26/2010 - 12:01 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Sangue sobre a Neve | 4 | 734 | 02/24/2010 - 16:24 | Portuguese | |
Prosas/Contos | Memorias da menina morta | 4 | 592 | 02/24/2010 - 16:23 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Por-.do-sol ao meio dia | 4 | 662 | 02/24/2010 - 16:22 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Vampira | 2 | 607 | 02/24/2010 - 16:00 | Portuguese | |
Prosas/Others | Sin Tu Luna | 5 | 535 | 02/24/2010 - 15:04 | Portuguese | |
Prosas/Others | Adeus | 3 | 676 | 02/24/2010 - 15:03 | Portuguese | |
Prosas/Contos | O dia menos pensado | 1 | 594 | 02/24/2010 - 15:02 | Portuguese | |
Prosas/Others | Sentindo o poder da chuva | 2 | 508 | 02/24/2010 - 15:02 | Portuguese | |
Prosas/Contos | A casa da frente | 2 | 641 | 02/24/2010 - 15:01 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | O violino | 3 | 707 | 02/24/2010 - 15:01 | Portuguese | |
Prosas/Romance | Rituais diários | 1 | 736 | 06/12/2008 - 16:17 | Portuguese | |
Prosas/Ficção Cientifica | Tardes laranja | 2 | 635 | 06/12/2008 - 14:42 | Portuguese |
- « first
- ‹ previous
- 1
- 2
- 3
Comments
Re: Nunca antes, nunca mais!
As emoções são a realidade da escrita!
:-)
Re: Nunca antes, nunca mais!
É isso, o tema não é nada demais.
O poema está muito bom.
Cumps