A poesia
Para escrever uma poesia basta estar vivo
com a alma acessa de esperança
Estar com o coração sorrindo tal qual uma criança
faceira e sorridente
E se uma lágrima brotar na fase carente
de amor, de vida, de gente
Clama-se por amor
Quem nunca chorou por amor?
Quem nunca sofreu por amar?
É o sentido da vida, o amor se sente no corpo
e na alma ferida, mas quando não se ama, a alma
não se entrega a jactância do amor
O amor está no gozo e no sorriso
no fogo brando da paixão, no paraíso
não existe vida sem amor, assim como não
existe poesia sem inspiração
e se uma lágrima virar uma estrela
então que se chore uma constelação
vale mais a pena chorar por amor
do que viver na solidão
Não há poeta que tenha vivido
sem questionar esta questão
é o que nos torna vivos
o que nos dá emoção
Somos trovadores
Pássaros de esperança
rasgando os céus da paixão
é o que diria Quintana
Machado e Drummond
O amor para os poetas
é como um oceano infinito
que transborda no coração dos amantes
é um jardim de rosas vermelhas
um céu coberto de diamantes
A poesia para os poetas é o sopro da vida
a luz da retina, é o corpo ardente de uma mulher
o sorriso de uma menina
Somos anjos, profetas, demônios
realizamos, prevemos, tentamos
somos cantores de amores
plantadores de flores
semeamos desejos, fantasias e cores
Sim, a poesia é colorida
mesmo sendo triste
a cor persiste
talvez seja a cor do amor
quem sabe?
Para o poeta nada é impossível
quando sua poesia expressa a verdade
é a paixão proibida, a dor da amargura
o vôo sem asas, a liberdade
é o sonhar sem dormir
o cessar da saudade
é o amor visto em um caleidoscópio de extrema beleza
é o que diria Queiroz, Neruda e Bandeira
Para aqueles que gostam da realidade a poesia é crua
para os que gostam da fantasia a poesia é nua
é o transbordar de palavras e misturas
A poesia é um sol radiante, dourado, bonito
é a conjugação do amor no verbo do infinito
é o som do silêncio, o brado do grito
é a vertigem dos vertiginosos
o abraço dos braços
o beijo dos lábios
o namoro dos enamorados
Para escrever uma poesia, basta ter certeza
de que o amor abrange as margens da alma
dando luz a clareza, calmaria a calma
é um jogo que se joga com o coração
impregnado de paixão
é a lança das ondas em um mar revolto
a luz do crepúsculo
a chama do fogo
o sentido da emoção
A poesia é o amor transcodificado em palavras
o berço dos carentes
o presente do ausente
a inspiração da vida seguindo sempre
é o que diria Castro Alves, Balzac e Shakespeare
Submited by
Poesia :
- Login to post comments
- 431 reads
Add comment
other contents of kretus
Topic | Title | Replies | Views |
Last Post![]() |
Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.953 | 04/14/2013 - 18:49 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.573 | 04/14/2013 - 18:48 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.495 | 04/14/2013 - 18:47 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.829 | 04/14/2013 - 18:45 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.918 | 04/14/2013 - 18:43 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.673 | 04/14/2013 - 18:41 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.665 | 04/14/2013 - 18:40 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 2.163 | 04/14/2013 - 18:39 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 1.564 | 04/14/2013 - 18:36 | Portuguese |
![]() |
Fotos/Faces | Sandro Kretus | 0 | 2.691 | 04/14/2013 - 18:26 | Portuguese |
Poesia/Sonnet | Inquietude | 0 | 1.028 | 06/20/2012 - 16:07 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | O punhal do tempo | 0 | 980 | 06/20/2012 - 16:06 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | Tempestade | 0 | 1.199 | 06/20/2012 - 16:04 | Portuguese | |
Poesia/Gothic | Noite | 0 | 1.181 | 06/19/2012 - 17:54 | Portuguese | |
Poesia/Gothic | A valsa das rosas | 0 | 1.306 | 06/19/2012 - 17:52 | Portuguese | |
Poesia/Fantasy | O vale dos malditos | 0 | 945 | 06/19/2012 - 17:45 | Portuguese | |
![]() |
Fotos/Profile | Sandro Kretus | 0 | 1.684 | 11/24/2010 - 00:34 | Portuguese |
Prosas/Romance | Codinome Lampião | 0 | 1.184 | 11/18/2010 - 23:45 | Portuguese | |
Prosas/Comédia | Confusão no céu | 0 | 986 | 11/18/2010 - 23:45 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | O colibri e a rosa | 0 | 1.215 | 11/18/2010 - 16:39 | Portuguese | |
Poesia/Love | Mulheres e anjos | 1 | 1.113 | 09/10/2010 - 04:20 | Portuguese | |
Poesia/Sonnet | Nostrum putas | 0 | 1.082 | 09/07/2010 - 18:26 | Portuguese | |
Poesia/General | Statues don't cry | 1 | 1.256 | 03/03/2010 - 15:09 | Portuguese | |
Poesia/General | Next station | 2 | 1.214 | 03/03/2010 - 15:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Red line | 1 | 1.047 | 03/03/2010 - 15:08 | Portuguese |
Comments
Re: A poesia
Um poema bem conseguido!!!
:-)