Da Raiz.
Da raiz nasce o demónio...
Duma pequena semente inocente, sem malícia ou intento, brota vil fruto que inunda de terror os espaços que pisa, os olhos ardem com garrido mercúrio que escorre fluído e ziguezagueante.Infiltra-se na corrente sanguínea de forma silenciosa e imperceptível, só se tornando denunciada quando a mente se dispersa num limbo ora de apatia ora de loucura, num desconcertante limite entre duas extremas posições que delimitam a área intelectual que abrange a alma no seu todo.
Este fruto, malévolo e que possuí em si a soberba e o egoísmo, dilacerou povos inteiros, legiões completas de pobres humanos sinceros e trabalhadores, que no suor do seu labor buscavam o sucesso e orgulho próprio.Fez tombar exércitos ferozes, usando o dom da palavra invertido na sua função mais negra, a de fazer crescer em si a suspeição, deslealdade e a hipocrisia, sendo fácil, deste modo usurpar todos os valores destes humildes povoados e chacinar o seu âmago fazendo-o cair no chão estilhaçando-se de forma desgovernada.Caminha montado no seu ego violento, mórbido, sórdido e atroz.Luz negra, denso breu que se alevanta tomando de socapa a alvorada, tornando esta num teatro de horrores, com palhaços e fantasmas, onde a desconfiança reina dona e senhora de cada centímetro do teu espírito.
Procura refúgio...
Sai deste campo de guerra, de feiticeiros e bruxos contra demónios e aberrações, a elegância da magia contra a robustez da força bruta.O fino recorte da tua consciência e a sua leveza e justiça no trato é antagonista uma frieza assassina da insanidade mental que nos consome por esta altura, como um canceroso veneno que irriga sem antídoto o coração da sociedade escura, lenta, inerte, egoísta, triste e canibal que num rasgo de demência, tende a devorar-se a si mesma, somente para obter lucros ou situar-se numa posição mais vantajosa do que o seu próximo.
Posto isto, só nos resta, como ultimo suspiro da alma guerreira que durante décadas nos foi incutida, ombrear e lutar sem medo e sem preconceitos contra este assombroso mal que nos tem catapultado lentamente para o patamar da mediocridade e estagnação humana, quando o caminho devia cumprir um traço de evolução cognitiva, espiritual, ideológica e sobretudo pessoal na óptica de podermos ser melhores pessoas para o próximo!
O que tentei retratar nestes texto de certo modo fantasiado, foi que o vil fruto que nasce da branca semente, chama-se Egoísmo! Sim, Egoísmo, essa doença que tanto ataca a sociedade desta era, que tolda a noção de solidariedade e faz transparecer aos olhos de todos o que de mais podre, sujo, nojento e inconcebível contém o ser humano no seu interior!
Visto isto e sem mais demoras, digo sem amarras, não ao Egoísmo
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