Cólera

Nós apostamos tudo e não nos restou nada
Feito mosca que se arrisca na teia da aranha.
Não tente entender que me consome as entranhas
Admire o balançar de minha alma enforcada.

Não tente entender que me consome as entranhas
Mas admira o balançar desta alma enforcada.
Aos poucos a alma pela ira é dilacerada,
Vomitada em forma de palavras estranhas.

Aos poucos a alma pela ira é dilacerada,
Vomitada em verso de palavras estranhas:
Sonhei anjos feito moscas na teia de uma aranha,
Fora do Céu, Presos a terra, Asas Queimadas.

Sonhei anjos feito moscas na teia de uma aranha
Todos expulsos do céu, as suas asas queimadas,
Vivendo em meio a raça há muito condenada.
Feito fogo, a ira lhes consumindo as entranhas.

Vivendo em meio a raça há muito condenada
A ira, feito fogo, lhes consumia as entranhas.
Ira que a perfeição de sua existência arranha,
Que tudo consome até não restar mais nada.

Submited by

Thursday, May 12, 2011 - 21:30

Poesia :

No votes yet

Adolfo

Adolfo's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 1 year 22 weeks ago
Joined: 05/12/2011
Posts:
Points: 3582

Comments

MarneDulinski's picture

Cólera

Triste poema, não gostei!

Informo ao poeta, que a cólera mata; em vez da cólera temos que

poetar amor, saudade, paixão etc. essa é a minha opinião!

Marne

Adolfo's picture

Cólera

É. Mas creio eu que o poeta deve poetar; que a cólera, feito o amor, ou a saudade, ou a paixão, etc, também é um sentimento... Creio eu que devemos poetar em cima do que estamos a sentir, do que sentimos, do que sentiram, do que podem sentir, etc...

Add comment

Login to post comments

other contents of Adolfo

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Sonnet O Carvalho II 1 2.307 12/13/2011 - 20:31 Portuguese
Poesia/Sonnet Estar apaixonado 0 1.256 12/12/2011 - 01:13 Portuguese
Poesia/Sonnet Bom dia! V 0 1.595 12/08/2011 - 21:02 Portuguese
Poesia/Sonnet À luz de minhas manhãs 0 2.439 12/06/2011 - 00:31 Portuguese
Poesia/Love Do tipo que te ama! 0 2.298 12/03/2011 - 16:42 Portuguese
Poesia/Sonnet Ao meu amor que teve de se calar para mim... 0 1.978 12/03/2011 - 16:36 Portuguese
Poesia/Love Teu companheiro 0 2.375 12/03/2011 - 00:43 Portuguese
Poesia/Sonnet Da minha vida és a felicidade 0 2.031 12/02/2011 - 10:36 Portuguese
Poesia/Sonnet Tentativa de escrever poesia ultraromântica - Vida de cão, vida do cão: versos antiromânticos 0 1.800 12/02/2011 - 10:27 Portuguese
Poesia/Love Calar de flores 2 3.611 11/19/2011 - 18:32 Portuguese
Videos/Music Ruídos que eu escuto enquanto eu escrevo II 0 3.281 11/19/2011 - 15:36 Portuguese
Poesia/Sonnet À mãe minha que eu tanto amo... 2 2.028 11/19/2011 - 04:53 Portuguese
Poesia/Sonnet Numa rua escura 0 1.906 11/19/2011 - 04:44 Portuguese
Poesia/Sonnet While the stars shines I'll Love you... (Enquanto as estrelas brilharem eu te amarei...) 1 2.845 11/18/2011 - 14:34 Portuguese
Poesia/Sonnet Tributo a Augusto dos Anjos XVIII — Obssessiva 0 2.825 11/15/2011 - 20:50 Portuguese
Poesia/Sonnet Explicações que eu não deveria te dar 0 1.554 11/14/2011 - 14:56 Portuguese
Poesia/Sonnet Capim 0 2.332 11/14/2011 - 00:05 Portuguese
Poesia/General Poema feito de indifrença 0 2.513 11/13/2011 - 22:48 Portuguese
Poesia/Dedicated Redondilhas de Sol e Chuva 0 2.040 11/13/2011 - 21:43 Portuguese
Poesia/Meditation Pais 0 2.749 11/03/2011 - 00:56 Portuguese
Poesia/Sonnet Uma razão dentre todas as outras para te amar: para sempre te amar 2 2.150 11/03/2011 - 00:14 Portuguese
Poesia/Love Nosso amor 1 1.883 11/02/2011 - 19:17 Portuguese
Poesia/Sonnet O Carvalho 3 2.254 11/02/2011 - 02:26 Portuguese
Poesia/Sonnet Índios 1 2.043 10/29/2011 - 16:41 Portuguese
Poesia/Sonnet Discussão e Reconciliação 0 1.573 10/29/2011 - 16:34 Portuguese