AO ENTRAR EM TI O CHÃO DEIXA DE EXISTIR

Sinto-me a detalhar contornos
de pérolas singelas ao tirar-te a roupa.

Admiro todos os fogos
dos teus pedaços calientes
como fogueiras em volta do horizonte
me indicassem o infinito feroz de amar-te.

Lapido diamantes
ao acariciar teu corpo nu
com minhas mãos transformadas em borboletas.

Reinvento o sol
ao adorar a perfeição dos teus seios,
tão belos que tudo quanto sinto em mim é cetim.

Quando abres as pernas,
toda a voz das flores chama
o meu nome de luz e prazer.

Todo o seu perfume
me faz levitar poeticamente
sobre tudo quanto é imaginário ao entrar em ti.

Quando minha língua
encontra o teu calor de mulher,
voo sobre poesia e canela esquecido de tudo.

O silêncio
é o teu sublime sabor
em delírios que pausam o tempo.

O chão deixa de existir.

Subtilmente,
sinto-me dentro de ti inspirado
pela melodia dos teus gemidos melosos.

Sabe-me tão bem sentir
os teus arrepios de loucura
que até o meu reflexo desaparece do espelho.

Sinto-te quente
na fervura do meu sangue,
exposto na cor de rosas viris
nos meus olhos envernizados de paixão.

Somos um barco
que balança louco num mar
encrespado por prazer incalculável.

Nossos sexos
namoram-se perdidos
numa ilha deserta onde só o verso amar
semeia ventos num beijo de amor abundante.

Nosso amar
é uma volúpia de fantasias reais
que nos entrega ao pecado das almas
onde chove selvagem o teu corpo sobre o meu.

Enlouqueces-me
selva incompreensível com teu desejo
fluído no teu olhar-me fogosa gula de mim.
 

Submited by

Martes, Enero 18, 2011 - 16:49

Poesia :

Sin votos aún

Henrique

Imagen de Henrique
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 23 semanas
Integró: 03/07/2008
Posts:
Points: 34815

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Henrique

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pensamientos DA POESIA 1 13.548 05/26/2020 - 23:50 Portuguese
Videos/Otros Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. 1 57.116 06/11/2019 - 09:39 Portuguese
Poesia/Tristeza TEUS OLHOS SÃO NADA 1 11.240 03/06/2018 - 21:51 Portuguese
Poesia/Pensamientos ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO 4 13.649 02/28/2018 - 17:42 Portuguese
Poesia/Pensamientos APALPOS INTERMITENTES 0 11.640 02/10/2015 - 22:50 Portuguese
Poesia/Aforismo AQUILO QUE O JUÍZO É 0 14.013 02/03/2015 - 20:08 Portuguese
Poesia/Pensamientos ISENTO DE AMAR 0 10.667 02/02/2015 - 21:08 Portuguese
Poesia/Amor LUME MAIS DO QUE ACESO 0 13.238 02/01/2015 - 22:51 Portuguese
Poesia/Pensamientos PELO TEMPO 0 10.344 01/31/2015 - 21:34 Portuguese
Poesia/Pensamientos DO AMOR 0 11.274 01/30/2015 - 21:48 Portuguese
Poesia/Pensamientos DO SENTIMENTO 0 10.259 01/29/2015 - 22:55 Portuguese
Poesia/Pensamientos DO PENSAMENTO 0 15.842 01/29/2015 - 19:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos DO SONHO 0 10.757 01/29/2015 - 01:04 Portuguese
Poesia/Pensamientos DO SILÊNCIO 0 10.142 01/29/2015 - 00:36 Portuguese
Poesia/Pensamientos DA CALMA 0 12.932 01/28/2015 - 21:27 Portuguese
Poesia/Pensamientos REPASTO DE ESQUECIMENTO 0 8.048 01/27/2015 - 22:48 Portuguese
Poesia/Pensamientos MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE 0 13.094 01/27/2015 - 16:59 Portuguese
Poesia/Aforismo NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ 0 11.622 01/26/2015 - 20:44 Portuguese
Poesia/Pensamientos SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO 0 11.204 01/25/2015 - 22:36 Portuguese
Poesia/Pensamientos MIGALHAS DE SAUDADE 0 11.542 01/22/2015 - 22:32 Portuguese
Poesia/Pensamientos ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO 0 9.451 01/21/2015 - 18:00 Portuguese
Poesia/Pensamientos PALAVRAS À LUPA 0 8.375 01/20/2015 - 19:38 Portuguese
Poesia/Pensamientos MADRESSILVA 0 7.848 01/19/2015 - 21:07 Portuguese
Poesia/Pensamientos NA SOLIDÃO 0 11.955 01/17/2015 - 23:32 Portuguese
Poesia/Pensamientos LÁPIS DE SER 0 12.083 01/16/2015 - 20:47 Portuguese