Eu quero amar, amar perdidamente! (II)

Como reflexo duma paixão exasperada
Ao léu a infâmia do teu pecado nos domina;
Façamos tudo que a moral tanto abomina
Perante esses olhos sombrios na madrugada.

Pois que assim seja! Já com a alma encomendada
Gozar das forças da nossa carne libertina;
Nossas veias de tão regadas à morfina
Levem às nuvens nossa mente alucinada.

Olha só como pode ser em um segundo,
Carícias nada fraternais tocando a fundo
Esse corpo monumental de belo porte:

Parar nos céus ou mais além, mesmo perdidos
E ao prazer máximo na escala dos sentidos
Chegar ao clímax num duplo pacto de morte.
 

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Sábado, Abril 23, 2011 - 19:51

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Charles Antônio Marques Pereira

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Meu querido amigo, Charles,

Meu querido amigo, Charles,

bem denunciam os títulos, destes teus sonetos/fragmentos: "Eu quero amar, amar perdidamente" (já o dizia Florbela Espanca), o quanto te entregas, sem pudores nem meias palavras, sem estigmas nem contenções, a um amor, que só se diz se for por inteiro, e foge ao que é tido por uma normalidade obtusa. Fica-me esta frase, que confirma isso mesmo: "Façamos tudo que a moral tanto abomina..." . Amar sem regras, até ao cansaço final e à satisfação plena. Lerei aos poucos, os demais sonetos, desta saga.

Abraços meus.
Jorge Humberto

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Muito obrigado Também estou

Muito obrigado
Também estou adorando me deliciar nos teus poemas.
Espero que haja sempre novidades na tua página.
Mais uma vez agradecido por seu comentário e fique com Deus

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