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cereal killer

ulissas não comunicou seu disparate aos processadores de papinha cor de abóbora. talvez conseguisse alguma invisibilidade na vasta imensidão daquela baixela. levitou lentamente até a imperfeição mais próxima e, inespremível, procedeu ao aglutinamento de sua celulose para arranjo de um penteado moicano a fim de não ser digerida e dormir sem contudo cansar-se. antes, derramou ultrapolida uma gosma para grude noturno que escorreu através da geratriz do compartimento pouco ao redor da micraesfera. adormeceu. somente acordou quando um antiespasmo a impulsionou para fora da liga artificial de mingau. rolou então no sentido inverso à direção do simulador de biscuit. ah, admirável perdimento nas alturas incomparáveis do magnífico pão bengala! – abstraiu: lembrança de sua gratificante fase suscetível à capilaridade. esqueceu-se que, de tanto almejar o sossego daquelas paragens comestíveis, perdera sua significância no sentido de existir entre um e outro estado físico. mas este foi o único jeito de livrar-se dos traumas causados pela "hora do pão fresquinho". hesitou. lembrou-se aparvalhada de sua gafe e tratou de esquecer utilmente sua vergonha. hesitou. tornou a pipocar velhas armadilhas pelo trilho de sua rede memorabilia farinhenta. mas nada que não fosse considerado idiotice, falta do que fazer, abuso da própria paciência ou paranóia boba em relação à peneiragem. de todo modo, sabia que arregaçando as possibilidades, sempre conseguia um disfarçamento quando se sujeitava na manufatura de porrolhos de alho com aparência fusiforme. tudo isso sem contar com o poder lesmático de sua existência em dias úmidos que proferia em algum lugar espalhado de si algumas incursões no reino fungi. emprestava, nesse caso, a propriedade de exalar aromas sem produzir sabores, coisa muito útil para fomento do expanssivo mercado faquir-food e conseqüente desculpa por produtividade. por outro aspecto, se em algum processo fosse descartada, sabia como se portar numa mesa de alimentos expostos para aniquilação bacteriana a laser. bastava-lhe empedrar para pular a fase do scanner panbiótico. flutuou em seguida de encontro a um pano de prato esgarçado para utilização de seus fiapentos cipós. jurou que jamais empelotaria pastosos novamente. corria o grande risco de ser dissolvida em maus fluidos e punida com uma reprodução assexuada por esquizogonia. numa atitude de emergência, passou para a fase de inflagem em direção a uma torrente de gelatinosos. caiu. grudou. atolou-se. e finalmente conseguiu um par de pseudópodos para darem jeito de mucosa num procedimento conhecido como inutilização do aparelho telefônico do padeiro.

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quarta-feira, fevereiro 17, 2010 - 00:20

Ministério da Poesia :

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baleia

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