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o pinico dourado

um homem era tão apegado a seus materiais que bebia o próprio mijo.
não podia desperdiçar o bonito líquido tilintante que produzia com esmero amarelo.
o único sumo que admitia descartar era o composto de fezes. mas não compreendia o motivo.
desconfiava que tal comportamento desconfigurado estava vinculado a um lapso de memória, já que não assimilava registro de infância.
de fato era com freqüência recorrido por um sonho estranho onde, sendo ainda um menino de 4 anos, era empanturrado de papinha marrom por uma coleguinha que dizia: “olha o aviãozinho de carga de merda!”
acordava toda vez com sintomas de afasia e somente após o passamento de 15 minutos conseguia pronunciar uma frase: “compre-me um pinico dourado”, com a qual era despertado do transe apático.
por mero acaso, já possuía um pinico prateado onde depositava o mijo a fim de efetuar o sorvimento.
não sabia pois a origem do sonho, tampouco do acometimento posterior, dada sua amnésia em parcela.
pensava, toda vez, que devia ir em busca da materialização de um pinico dourado.
talvez deste modo descobrisse efeito de solucionar o inquietante enigma do desperdício da matéria sólida - que era sócia de um primor de beleza plástica.

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quarta-feira, fevereiro 17, 2010 - 00:46

Ministério da Poesia :

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baleia

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