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Ápice de amor Eterno


Atravessamos a luz de mão dada,
de dedos apontados à mesma direcção lado a lado.
Chegamos de tão longe para chegarmos a nós.

A vida será um ápice de amor eterno.

Andamos por tantas ausências,
percorremos o fio de mil fantasias,
foram tantos os retalhos de nós
que tivemos de deixar para trás.

Foram tantas as vezes
que por nós chamamos sem saber dos nossos nomes.
Sonhei tanto contigo nas minhas fomes.

Agora de mãos juntas,
entrelaçamos os dedos numa palavra oceânica.
Uma palavra que alimenta todas as palavras, vulcânica.

Caminhamos sobre musgo de medo,
enfrentamos danças de solidão.
Arranhamos o chão com passos de sofrer.

Foram tantos os céus ruíram nos nossos gritos.
Sofremos tanto.

Agora que desfizemos a distância,
tornamos as pedras tão leves.

Agora que desfolhamos nossas almas,
poderemos adormecer onde o sol se põe,
dormiremos abraçados enquanto a lua cala a noite.

De corpos fundidos num só corpo,
subimos ao norte da vida,
prendemo-nos ao tempo imortais.

Dentro de nós, está o silêncio
que nos espraia num beijo infinito ao fim de nós.
A mentira do passado é esquecida num olhar apaixonado.

 

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sexta-feira, maio 13, 2011 - 21:30

Ministério da Poesia :

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Henrique

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