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Anseio-te...
como solução intravenosa.
Como contração
nas terminações nervosas.
Como o ápice,
que desperta minhas sinapses
mais libidinosas.
Nessa álgebra,
onde o vazio e o nada
trocam cartas sem datas.
Vem pra cá,
deixa eu ser seu patuá.
Diz aonde dói,
que meu beijo vai curar.
À noite, sorrimos para o abismo
cheirando a cigarro e absinto.
Jogamos sinuca.
Transfusão de destinos.
Até o inferno faz pompoarismo
quando estais comigo.
Sinta minha barba hirsuta,
roçando em sua pálida nuca,
enquanto sussurro juras,
que mais tarde,
talvez, não as cumpra.
Sabes que sou disperso!
Você é um próton;
possui um belo campo magnético.
Vagueio em sua órbita,
mas aceito minha condição
de elétron.
De tão complexo,
pareces um número imaginário.
Tu és a responsável,
quando penso em sonetos
e, pronuncio encontros vocálicos.
Bruno Sanctus.
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Comentários
"Nego-me a viver num mundo
"Nego-me a viver num mundo ordinário como uma mulher ordinária.
A estabelecer relações ordinárias.
Necessito o êxtase.
Não me adaptarei ao mundo.
Adapto-me a mim mesma."
Que nobre entorpecimento.
Beijo
R.
Deixa eu dizer...
"Cê têm uma mistura de tristeza com desdém.
Mistura de Sade, Lauryn Hill, vem que vem.
É saudade? É também!
Tipo o quê pra lembrar?
No talento origami, mil formas de dobrar.
Demorô, quadro de Madonna;
trama de Fellini.
Tarde de Almodóvar;
noite de Lenine.
Dèjá-vu de novo,
eu tô te vendo andar na rua.
Sentimental mood, anfetamina pura."
Obrigado, Raquel. Sempre gentis e reflexivos seus comentários. Minha pequena, Safo de Lesbos. Nem sei o porquê você ainda perde tempo lendo-me. De fato, deves ter encontrado outra alma inquieta como a tua. Sempre será bem-vinda.
Beijos.
Bruno.