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Espinhos
Sufoca-me essa dor
Essa tristeza da alma
Que chora em silêncio
A angústia da solidão.
Vazio de uma vida sem sentidos
Espinhos afiados
Garras que perfuram a alma
E dilaceram o coração.
Não vejo seus olhos
Que sempre foram a razão
Da minha felicidade
Onde quer que eu estivesse.
Espinhos que furam
E faz sangrar a esperança
De ver, outra vez,
Aquele sorriso que me alegrava.
Deixo escapar gemidos
Para que sintam a minha dor
E compreenda
As minhas lágrimas.
Espinhos que ferem-me
No caminho que escolhi
E, mesmo com tanto querer,
Não consigo voltar.
O tempo tão cruel
Não permite-me caminhar
Para onde eu encontre alívio
Dos espinhos que torturam-me.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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