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INSALUBRE É O NOME DO FIM DA TARDE

Do nada negro.

Sinto-me sem perdão,
não sobrou
nadaNada!

Alívios nulos,
feridas insuladas, répteis.

A estrela da manhã já não o é.

Eu já não o sou.

Nada, não sobrou nada.

A noite que era escura,
é agora tição, mendiga de estrelas.

Réstias cintilantes
lançadas migalhas a pombos sem fome.

Pós que ardem nos olhos nada.

O dia mudou de nome, chama-se agora mentira.

Insalubre é o nome do fim da tarde.

Ápices parasitas, calendários inlocalizados.

Não sobrou nadaNada!

O próprio nada é agora uma pedra posta no tempo.

O sol que antes esclarecia tudo,
evaporou-se neste agora um depois louco,
um depois riscado da idade da razão, imatura.

Um depois vincado em vestes punidas,
esperanças humanas despidas do fogo, inferno.

Sinto-me sem perdão,
não sobrou
nadaNada!

O amor que antes encorajava os fracos,
é agora um momento tártaro, inabitável.

O que eu fora poeta,
é agora um remoinho de palavras sem berço.

Embalos a galope de cavalos que me salvam a alma.

De… Nada!
 

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sábado, abril 30, 2011 - 22:25

Poesia :

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Henrique

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