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PÁLIDAS MORTES …

Minhas lágrimas são nós
que se desatam dos arames farpados
que me cercam os namoros do corpo à alma.

Suspiros permissivos por onde sobem desejos omissos.

Aplausos,
razia de mãos sujas
a treparem-me o rosto do eco das palavras.

Serenatas insensatas,
mel desconvicto do doce que a vida adoça.

O pensamento espalha-me o tempo em sombra.

Brumas densas,
salpicadas de terraços à beira da noite.

Estrela cadente que se perde,
que sobre mim chora ensanguentada de adeus.

Céu que no horizonte se curva atropelar-me os sentidos.

Miradouros cujas vistas se afiam inconfessadas.

Lombas permanentes nesta dor cega.

Dorso em desenho raro
como espaço confinado ao grito.

Labirintos infiéis.

Voz rouca como incêndio intoxicado por falta de ar.

Os meus lábios são pálidas mortes,
cada vez mais mortas.

Cores mutantes a desfocar o beijo
desativado do radar da minha saliva.

Solidão a toda a velocidade.

As mãos sem proa.
.

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.
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sexta-feira, abril 13, 2012 - 01:21

Poesia :

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Henrique

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"As mãos sem proa", lindo de

"As mãos sem proa", lindo de morrer...

beijo

joana

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