CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

PERDI O OLHAR PELA JANELA QUE NÃO TE VÊ CHEGAR

O teu adeus quase me cala o pensamento.
De ti, o momento é de lágrimas. De muita tristeza.

Fonte em jorro de morte. Escrito
e reescrito de nada pelas lousas do meu semblante
que sem ti que se distorce em saudade e melancolia.

Sem ti, o dia deixa de ser dia.
A noite brada como um cacto na poesia.
Horas são cordões frios que em mim tecem o deserto.

Depois de ti,
o sol deixou de ser o meu colo.
O vazio que deixas é um solo infértil
onde o silêncio se enclausura em insipidez.

Perdi a razão de ser.
Sem ti, o tempo não resta.
O Inverno é aresta sonorizada de inferno.
Perdi o olhar pela janela que não te vê chegar.

Uma janela aberta pela alma
de onde te olhava com vida inteira.
Olhei-te à maneira do sol-pôr mais belo da vida.

O teu beijo é agora um caderno
que me alaga as memórias de secura.
Teus lábios são chuva que não cai nesta sede de amar.

Fui fogueira de Verão,
canção em rimas de felicidade.
Agora, sou voz de Outono. Murmúrio de solidão
pelas copas das árvores como passarinho sem ninho.

Sem o calor do teu corpo,
sinto-me tão sozinho nas palavras.
Como neve silenciosa a pintar de branco amargo
as montanhas outrora amor em nós como alto do mundo.

Anteontem que agora chora.
Passado que encena abismos na aurora
do amanhã que realça nos meus olhos o teu adeus.

 

 

Submited by

quinta-feira, outubro 27, 2011 - 17:11

Poesia :

Your rating: None (6 votes)

Henrique

imagem de Henrique
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 18 semanas
Membro desde: 03/07/2008
Conteúdos:
Pontos: 34815

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Henrique

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Pensamentos DA POESIA 1 12.981 05/26/2020 - 23:50 Português
Videos/Outros Já viram o Pedro abrunhosa sem óculos? Pois ora aqui o têm. 1 56.082 06/11/2019 - 09:39 Português
Poesia/Tristeza TEUS OLHOS SÃO NADA 1 10.857 03/06/2018 - 21:51 Português
Poesia/Pensamentos ONDE O INFINITO SEJA O PRINCÍPIO 4 13.134 02/28/2018 - 17:42 Português
Poesia/Pensamentos APALPOS INTERMITENTES 0 11.349 02/10/2015 - 22:50 Português
Poesia/Aforismo AQUILO QUE O JUÍZO É 0 13.449 02/03/2015 - 20:08 Português
Poesia/Pensamentos ISENTO DE AMAR 0 10.383 02/02/2015 - 21:08 Português
Poesia/Amor LUME MAIS DO QUE ACESO 0 12.802 02/01/2015 - 22:51 Português
Poesia/Pensamentos PELO TEMPO 0 9.701 01/31/2015 - 21:34 Português
Poesia/Pensamentos DO AMOR 0 10.943 01/30/2015 - 21:48 Português
Poesia/Pensamentos DO SENTIMENTO 0 9.787 01/29/2015 - 22:55 Português
Poesia/Pensamentos DO PENSAMENTO 0 14.994 01/29/2015 - 19:53 Português
Poesia/Pensamentos DO SONHO 0 10.321 01/29/2015 - 01:04 Português
Poesia/Pensamentos DO SILÊNCIO 0 9.803 01/29/2015 - 00:36 Português
Poesia/Pensamentos DA CALMA 0 12.262 01/28/2015 - 21:27 Português
Poesia/Pensamentos REPASTO DE ESQUECIMENTO 0 7.723 01/27/2015 - 22:48 Português
Poesia/Pensamentos MORRER QUE POR DENTRO DA PELE VIVE 0 12.450 01/27/2015 - 16:59 Português
Poesia/Aforismo NENHUMA MULTIDÃO O SERÁ 0 11.129 01/26/2015 - 20:44 Português
Poesia/Pensamentos SILENCIOSA SOMBRA DE SOLIDÃO 0 10.664 01/25/2015 - 22:36 Português
Poesia/Pensamentos MIGALHAS DE SAUDADE 0 10.912 01/22/2015 - 22:32 Português
Poesia/Pensamentos ONDE O AMOR SEMEIA E COLHE A SOLIDÃO 0 8.917 01/21/2015 - 18:00 Português
Poesia/Pensamentos PALAVRAS À LUPA 0 8.113 01/20/2015 - 19:38 Português
Poesia/Pensamentos MADRESSILVA 0 7.622 01/19/2015 - 21:07 Português
Poesia/Pensamentos NA SOLIDÃO 0 11.301 01/17/2015 - 23:32 Português
Poesia/Pensamentos LÁPIS DE SER 0 11.574 01/16/2015 - 20:47 Português