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SOSSEGO DESCARNADO

O tempo morreu.

O caos correu sem cara calma!
Olho sem pernas a olhar para trás.

Numericamente sem data.

Quis morrer.

Apenas se levou com ele Sozinho.

Canibal de si mesmo recortado pela insónia.
Enciclopédia enquanto adormecemos.
Ninguém trava o freio da hipocrisia.

Histérico que se afasta métrico feio.

Raspanete rente à noite.
São os números culpados.

Zeros caiados de tudo.

Coitos coitados sem sentido
para todos os lados.

Sossego descarnado.

Fora foragida, forjada em forja pomos.

Acordem para depois dormir sem ouvir medo.

Da carne à alma.
Do orgasmo à calma.
Do escuro a ti… Sombra.

Mas não, o tempo não morreu.
Está a jazer os olhos do juízo em cinza.
Esfera que ginga e pinga pelo só isso do pouco.

Milagre ao acaso.

Espera!

 

 

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domingo, março 11, 2012 - 16:07

Poesia :

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Henrique

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Comentários

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Quantos momentos temos, que

Quantos momentos temos,

que são zeros caiados de tudo...?

Gostei, Henrique,

:-)

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