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UM ADEUS E... OBRIGADO

Antes que eu perca a consciência
No eterno sono profundo
Quero me despedir do mundo
Na minha breve permanência
Aqui vou deixar a essência
Limitada de um racional
Que respeitou gente, animal
Por aprender a ter paciência

Veio pronto num breve instante
Ao natural em cem por cento
Como trazido pelo vento
Um pedido que levo avante
E antes do fim nem tão distante
Eu faço a minha despedida
Embora ao mundo, a minha vida
Não me pareça relevante

Mas mundo velho eu te agradeço
Antes que a vida tenha fim
Se menos boa ou mais ruim
Importa é que teve um começo
Entre a vitória e o tropeço
Não me escondi, meti a cara
E embora o tempo que não pára
Aqui ainda eu permaneço

Sei que por ti fui agraciado
Ganhei o espaço inteiro
Mas inventaram o dinheiro
E o que era meu me foi tirado
O cercado foi instalado
Surgiu o imposto, a fronteira
Quase sem eira e nem beira
Como tantos, eu fui roubado

Meu espaço de hoje em dia
Por espertos está restrito
Em papéis consta por escrito
O que aceitei sem rebeldia
Com apenas uma fatia
Mundo velho eu te agradeço
Mais que isso eu não mereço
Tudo eu perdi por covardia

Aqui pelos muros, cercado
Quase a ninguém mais eu vejo
Fui criado num vilarejo
Pé no chão e descabelado
Como um bandido trancado
Entre cadeado e grade
Deixo ao mundo e sua bondade
O meu “ADEUS E... OBRIGADO”.

Sérgio Teixeira
Bagé/RS.

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segunda-feira, dezembro 4, 2017 - 21:34

Poesia :

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Sérgio Teixeira

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