Assim, Que A Chuva Parar

Sempre que comece a chover,
e quando começar de trovejar,
vem, meu amor, vem me abraçar
para que eu possa te proteger
e, ao sentires-te protegida, minha querida,
a tua alma possa se acalmar.

Vem, meu amor,
vem te aconchegar em meus braços,
deixa que eu te conforte, com meus abraços,
e te proteja desse terror,
e desse teu horror ao degredo,
e dos teus medos,
que, por via dos teus segredos, faz clamor

Esquece, meu amor, o horror desse teu medo,
que te causa tanta agonia
e deixa que o clamor dos teus segredos
cheios dos encantos do teu ardor,
um verdadeiro pranto de amor,
se escoe por entre os recantos dos teus dedos
com a genuína força desse teu fervor.
Deixa, meu amor, que esses teus azedos,
a que tu dás tanto valor,
e que à tua Alma a empina,
se precipitem com os teus medos
dos penedos do teu pavor

Quando chuva parar, e deixar de trovejar meu amor,
tu irás ver o sol voltar a despontar,
com todo o seu esplendor,
e logo tu irás te aperceber, que bastará isso
para afastar esse horror, sempre tão metediço,
que tu tens ao degredo,
que, em segredo,
se acoberta em tua alma,
e que, tão frequentemente
e tão ardilosamente, te rouba a calma

apsferreira

 

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Saturday, January 7, 2012 - 12:35

Poesia :

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apsferreira

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joanadarc's picture

A chuva que bate na minha

A chuva que bate na minha janela,

É igual àquela...

 

Aquela, que descreves no teu sentir,

Aquela mesma...que acabaste de descobrir...

 

Apenas, é diferente onde bate,

A minha bate directamente na alma,

Á espera de alguém que a saudade mate,

Á espera de algo que me deixe mais calma...

 

Hoje a chuva bate, bate, bate...em mim,

Um dia...irá parar de bater...enfim.

 

Mas, enquanto isso, vou aparando suas gotas latejantes,

Na esperança, de que um dia, também essas, se tornem cessantes.

 

Joana

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Na verdade, Joana, as nossas

Na verdade, Joana, as nossas vidas são assoladas

por tempestades, de quando, em quando... Por vezes, não há

como as evitar, por isso é preciso ganharmos defesas

em relação a elas. Obrigado, por o teu comentário,

que apreciei como poema, também.

Beijinho,

:-)

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.

.

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