FLAGELAÇÃO

Nesta gare, cega estação,
Muro agonizante e distorcido,
Há carne a definhar em podridão,
Num canto qualquer, perdido.

Houve enlevos de reconciliação.
Mas o olho lânguido, abatido,
Nunca clamou sua rendição:
Repreendeu mesmo qualquer sentido.

E o cheiro agridoce do recanto,
Mostra a saliva fria do desencanto,
O ardil que consumou a tua vil trama.

Por isso, vagabundo, a tua sina
É uma doença, que te mina,
Que termina contigo na cama.

In Saiu A Fera De Mim

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Monday, May 28, 2012 - 09:40

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Jorge Humberto

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Comments

Nanda's picture

Jorge

Excelente soneto. Por vezes há que deitar para fora o que a alma precisa gritar.
Beijo
Nanda

Jorge Humberto's picture

Olá querida Nanda, bom dia!

Olá querida Nanda, bom dia!

muito me apraz teu cometário. Este poema está incluido no meu 1º livro,
onde narro, etapa a etapa, uma vida que me desgraçou, por falta de conhecimento, que não havia na altura, porquanto ainda estava muito viva a revolução dos cravos, e muita gente exagerou, e não havia onde recorrer. É um livro muito pessoal, também de alerta, para os muitos jovens (cada vez mais) se encontram sem expectativas de vida. E como sempre, em cada esquina, há quem observe esses jovens, descobrindo-lhes a fragilidade, para depois
os interpelar com mindos e fundos.

Beijinhos meus em ti
Jorge Humberto

Adolfo's picture

:))

Ótimo soneto, meu caro Jorge!
E bem vindo de volta!!!

Um abraço.

Jorge Humberto's picture

Olá querido amigo, dos belos sonetos, Adolfo,

Olá querido amigo, dos belos sonetos, Adolfo,

fico feliz que me tenhas visitado e deixado teu apreço a meu soneto.

Ando muito triste e doente, pois tenho ânsias tais que chego a ficar desidratado,
vão meses passados, em que as dores no meu corpo, afligem-me dia após dia, e, agora, para piorar, tenho o lado esquerdo de meu corpo, do cimo da cabeça, apanhando braços, pernas e pés, completamente adormecidos (dormentes). E não há nada a fazer, pois meu organismo rejeita toda a medicação. Até tomo umas cápsulas muito potentes, e nome Tramadol, que são à base de ópio, e nada. Quam sabe o tempo me venha ajudar, pois a aminha alegria era estar junto de todos vós, ler vossos poemas e deixar comentários. Abri o Waf para ver se tinha palavras dos meus amigos. É muito bom não ser esquecido. Mas só consigo estar no PC por uns 10 minutos. Espero que a inspiração seja sempre contigo, e que desculpes este teu amigo que te quer muito bem. Julgo que aí estás a viver a linda estação do outono, com o inverno a chegar a passos rápidos. Aqui a primavera tem estado muito esquisita, pois numa semana as temperaturas estão bem acima dos 30 graus, e na semana seguinte chove e as temperaturas descem até aos 22/23, não há corpo que resita.

Abraço meu bem forte
Jorge Humberto

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