“Perto do Céu”


Nasci na Serra, filho da Estrela
Do granito; de xisto não tenho nada…
Tendo, nos olhos, a cor, a Mãe mais bela
Nesta minha Alma de silêncios gerada

Ao poema dediquei o grito da boca fechada
Em nome da voz que na garganta morre
Pois que em tanta razão, a mais certa fica calada
Gritando bem alto, do peito, a lágrima que escorre

No ventre das encostas, esculpi pergaminhos,
Entre giestas mansas e doces rosmaninhos
Sem acordar o Génio que ali dorme…

Ali, perto do Céu, fiz saudade
Ficando em mim outra vontade
Qual se levante, um dia, enorme…

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Sunday, September 30, 2012 - 00:14

Poesia :

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antonioduarte

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Comments

IsaRobalo's picture

Fantástico

Faço das palavras do Cortilio, minhas, "...Ap poema dediquei o grito da boca fechada..."

Maravilhoso António!!!

Abraço Patrícia

antonioduarte's picture

Obrigado amiga poetisa; é

Obrigado amiga poetisa; é sempre bom encontrar-te comentando-me;

Abraço.

Cortilio's picture

Brilhante: "... Ao poema

Brilhante: "... Ao poema dediquei o grito da boca fechada...".

Um abraço, amigo. Lindo soneto.

antonioduarte's picture

Agradeço o comentário, amigo

Agradeço o comentário, amigo Cortilio;

"A boca fecha-se e o grito não morre: Salta do olhar para os leitos do rosto, quais desaguam na boca; fechada, sacudindo o coração; assim se ouve um simples olhar...

Grande abraço.

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