Rousseau e o Romantismo - Parte VII - A Publicação de "Emílio", de "O Contrato Social", de "La Nouvelle Héloise" e outras
Segundo alguns, em “Emilio”, o filósofo tentou se redimir da culpa por ter abandonado seus cinco filhos aconselhando exageradamente aos outros pais a agirem de maneira correta na educação de seus filhos.
Na obra ele insiste sobre a necessidade de que sejam abandonados os preconceitos e as ideias errôneas que se tinha sobre o assunto.
Para outros, seus adversários mais duros, esse aconselhamento obsessivo não tinha motivação pessoal, tratando-se apenas de um mote literário ou, pior, de espúrio cinismo.
De todo modo o livro acabou se tornando um referencial e ainda hoje é usado como base para vários estudos.
Em 1761, enquanto finalizava o “Contrato Social”, foi lançada a sua outra obra “Julie”, que obteve muito sucesso. Também nesse ano foi publicado o livro “La Paix Perpétuelle” que propunha a criação de uma “federação europeia” que traria paz e prosperidade aos países membros. Um tema que de acordo com os seus inimigos não passava da compilação do ideário do Abade Saint Pierre (1658-1743 – França). Para Voltaire, o livro era apenas uma tolice digna das chacotas que ele, aliás, consignou na carta que endereçou a Rousseau.
Em 1762, foram lançados seus dois trabalhos mais renomados: o “Contrato Social”, importante tratado sobre política, sociedade e poder estatal; e o já citado “Emilio”.
Porém, apesar da excelência de ambos, os dois livros foram julgados pelo Parlamento de Paris como ofensivos ao Governo e à Religião, sendo proibida a circulação dos mesmos.
A partir dessa condenação teve inicio uma feroz perseguição ao filósofo de Genebra, como veremos no próximo capítulo.
Lettré, l´art et la Culture, Rio de Janeiro, Primavera de 2014.
Submited by
Prosas :
- Login to post comments
- 2286 reads
other contents of fabiovillela
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Sadness | A Canção de Alepo | 0 | 4.337 | 10/01/2016 - 22:17 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | Nada | 0 | 4.134 | 07/07/2016 - 16:34 | Portuguese | |
Poesia/Love | As Manhãs | 0 | 3.525 | 07/02/2016 - 14:49 | Portuguese | |
Poesia/General | A Ave de Arribação | 0 | 3.600 | 06/20/2016 - 18:10 | Portuguese | |
Poesia/Love | BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE | 0 | 4.355 | 06/06/2016 - 19:30 | Portuguese | |
Prosas/Others | A Dialética | 0 | 5.683 | 04/19/2016 - 21:44 | Portuguese | |
Poesia/Disillusion | OS FINS | 0 | 3.938 | 04/17/2016 - 12:28 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | O Camareiro | 0 | 5.230 | 03/16/2016 - 22:28 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Fim | 1 | 3.807 | 03/04/2016 - 22:54 | Portuguese | |
Poesia/Love | Rio, de 451 Janeiros | 1 | 8.788 | 03/04/2016 - 22:19 | Portuguese | |
Prosas/Others | Rostos e Livros | 0 | 3.852 | 02/18/2016 - 20:14 | Portuguese | |
Poesia/Love | A Nova Enseada | 0 | 4.028 | 02/17/2016 - 15:52 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Voo de Papillon | 0 | 3.009 | 02/02/2016 - 18:43 | Portuguese | |
Poesia/Meditation | O Avião | 0 | 3.460 | 01/24/2016 - 16:25 | Portuguese | |
Poesia/Love | Amores e Realejos | 0 | 4.799 | 01/23/2016 - 16:38 | Portuguese | |
Poesia/Dedicated | Os Lusos Poetas | 0 | 3.917 | 01/17/2016 - 21:16 | Portuguese | |
Poesia/Love | O Voo | 0 | 3.554 | 01/08/2016 - 18:53 | Portuguese | |
Prosas/Others | Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico | 0 | 5.486 | 01/07/2016 - 20:31 | Portuguese | |
Poesia/Love | Revellion em Copacabana | 0 | 3.790 | 12/31/2015 - 15:19 | Portuguese | |
Poesia/General | Porque é Natal, sejamos Quixotes | 0 | 3.492 | 12/23/2015 - 18:07 | Portuguese | |
Poesia/General | A Cena | 0 | 3.933 | 12/21/2015 - 13:55 | Portuguese | |
Prosas/Others | Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. | 0 | 4.193 | 12/20/2015 - 19:17 | Portuguese | |
Poesia/Love | Os Vazios | 0 | 5.137 | 12/18/2015 - 20:59 | Portuguese | |
Prosas/Others | O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. | 0 | 3.479 | 12/15/2015 - 14:59 | Portuguese | |
Poesia/Love | A Hora | 0 | 4.835 | 12/12/2015 - 16:54 | Portuguese |
Add comment