Não te quero mais
Seus olhos estão cheios de lágrimas
Mas não sinto nenhuma pena
Nem comove mais o meu coração.
Pode rasgar a alma se quiser
Pode rolar pelo chão
Não te quero mais.
Desfez do meu amor e esnobou os meus sentimentos
Como o vento faz com as nuvens.
Brincou com a paixão que eu sentia
E sorria quando eu chorava de saudade de você.
Agora que percebe que cansei de suas promessas de mudança
E vê que realmente estou decidido ir para sempre
Joga-se ao chão em lágrimas.
Quanta falsidade!
Quanto egoísmo.
Não vale mesmo as noites em claro que passei pensando em você.
Ah! Como fui um tolo
Tolo em acreditar que poderia me amar
Imbecil em pensar que poderia viver com você a vida toda.
Mas, hoje meus olhos se abriram
Hoje vi a esperança de amor
Em um olhar que me enlaçou.
Você puxa a minha gravata
Quer me segurar
Agarra-se a última esperança de que eu não vá.
Grita desesperada pela casa
Rasga o livro que tanto gosto
Falava de filmes…
Não importa!
As folhas estão esparramadas pelo chão
Mas posso comprar outro algum dia...
Você grita...acorda os vizinhos.
De que adianta?
Não te quero mais.
Durante muito tempo eu sofri
Escrevi poemas sobre seus olhos
Encantava-me com seu sorriso…
Até perceber que nada disso importava para você.
Eu nunca fiz parte de seus planos
De seus sonhos…
E eu amei. Cada dia da minha vida
Desde o dia em que te conheci.
E você me desprezou
Desfez do meu amor
Gabou-se em dizer que nunca teria coragem de deixá-la.
Que sempre comeria em suas mãos.
Mas, isso não vai acontecer mais.
Não te quero mais.
Vou em busca da felicidade
De um novo sorriso ao amanhecer
De um olhar que enxergue o meu coração.
Você agarra a minha camisa
Faz ameaças.
Nada disso adianta mais.
Estou decidido e não vou ficar aqui.
Agora vejo raiva em seus olhos
Um orgulho que a destruirá
Uma mágoa que alimenta seu coração.
Abro a porta e dou os passos rumo à liberdade
Sinto a brisa da noite
Já é quase madrugada
E amanhã será um novo dia.
Você senta na varanda e fica me olhando
Mas, de nada adianta
Desfez do meu amor
Não te quero mais.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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