O futuro é tão incerto quanto o presente

Tudo vai muito bem até que termina em lágrimas
O sonho tão desejado desmorona na manhã gélida
O tempo escorre pelas mãos de forma sombria
Como o amanhã que não sabemos existir
Mas procuramos sempre insistir que volte
Porque o futuro é tão incerto quanto o presente.

Casas construídas nas esquinas da cidade
Onde escondem rostos frios da saudade
O lamento da morte nos olhos de quem pensa viver
Mas que não consegue esquecer toda violência
Que fizera com as próprias mãos nos dias passados
Do peito foi arrancado a magia do amor.

Volte agora os seus olhos e veja atentamente
As figuras simbólicas que contorcem ao vento
Espantalhos feitos na escuridão do tempo
No limbo da existência que se foi no alvorecer
Quando deixou-se seduzir pelas folhas
E tudo parece sem sentido e muito confuso
Sem saber que o que dá vigor à vida sustenta a morte.

Onde estão os braços dos escravos
As mulheres escondidas nas casas noturnas
Homens furiosos que assobiam na escuridão
As autoridades que deveriam cumprir a lei
Onde estão todos eles quando precisam?
Quão miseráveis são todos esses espantalhos
Todos esses corruptos asquerosos que vivem nas sombras
E permanecem na penumbra de uma existência
Todo o passado deixamos para trás
Mas não emergimos em uma nova ordem
Porque não desejamos que haja um futuro.

Ó ilustres sonhadores!
Não deixem apagar a luz no fundo da alma
Se ainda existe uma fagulha
Busque a iluminação dos sonhos na esperança
Se queres um futuro melhor aprenda agora
E abre os seus olhos para a luz fora da caverna.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

Submited by

Tuesday, July 20, 2021 - 15:45

Poesia :

No votes yet

Odairjsilva

Odairjsilva's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 9 hours 23 min ago
Joined: 04/07/2009
Posts:
Points: 19094

Add comment

Login to post comments

other contents of Odairjsilva

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/Intervention A leitura é esconderijo 7 221 05/24/2025 - 20:00 Portuguese
Poesia/Love Sussurrarei meu amor 7 294 05/23/2025 - 18:34 Portuguese
Poesia/Thoughts O sonho sem despertar 7 451 05/22/2025 - 18:53 Portuguese
Poesia/Thoughts Labirinto de memórias 7 452 05/21/2025 - 21:33 Portuguese
Poesia/Love Sem uma só palavra 7 344 05/20/2025 - 18:50 Portuguese
Poesia/Meditation O universo em mim 7 478 05/19/2025 - 19:23 Portuguese
Poesia/Joy Caminhe com alegria 7 409 05/18/2025 - 23:37 Portuguese
Poesia/Intervention Odisseia corriqueira 7 375 05/18/2025 - 15:37 Portuguese
Poesia/Love O mar e seu olhar 7 475 05/17/2025 - 12:55 Portuguese
Poesia/Meditation Sem memórias 7 403 05/17/2025 - 00:37 Portuguese
Poesia/Disillusion O silêncio de quem não ama 7 495 05/15/2025 - 20:49 Portuguese
Poesia/Meditation O perigo em nós 7 396 05/14/2025 - 20:53 Portuguese
Poesia/Meditation A grandeza é solitária 7 498 05/13/2025 - 22:45 Portuguese
Poesia/Thoughts Não se programa o espírito humano 7 753 05/12/2025 - 20:11 Portuguese
Poesia/Meditation Na noite absoluta 7 500 05/11/2025 - 19:37 Portuguese
Poesia/Thoughts Por aqui 7 672 05/10/2025 - 21:59 Portuguese
Poesia/Disillusion O rosto nu do coração 7 292 05/10/2025 - 14:55 Portuguese
Poesia/Meditation Dor sem palavras 7 327 05/09/2025 - 23:00 Portuguese
Poesia/Meditation O que buscas? 7 583 05/09/2025 - 01:15 Portuguese
Poesia/Meditation O último suspiro 7 364 05/06/2025 - 20:01 Portuguese
Poesia/Thoughts Viver é mais que existir 7 542 05/05/2025 - 19:09 Portuguese
Poesia/Disillusion Saudade, ciúme e desespero 7 546 05/05/2025 - 03:45 Portuguese
Poesia/Disillusion Febre mansa 7 605 05/04/2025 - 14:00 Portuguese
Poesia/Disillusion Esperança e vontade 7 302 05/03/2025 - 13:56 Portuguese
Poesia/Intervention O que realmente importa? 7 2.335 05/02/2025 - 14:31 Portuguese