E meu gênio descansa...
Amigos me ausentarei de vós,
Pois meu ego de poeta deixou-me
As palavras não me vem cantar
Aos pés de meus ouvidos rimando
E se não tenho do que bem dizer
Melhor que me cale, mas que não fale
Baboseiras a tomar-lhes o tempo,
Me dói ter de admitir
Que meu gênio deixou-me a ir
Meu ciclo de poeta girou
Os poemas que vieram ficaram,
Mas agora só o que tenho foi o que ficou
Porque agora tenho de esperar
A poesia vir me procurar
Pedindo-me pra ditar no papel,
Não penses amigo que os abandonei
Estarei sempre aqui apreciando
Os vossos talentos, mas os meus
São escondidos de tempos em tempos,
Mas as poesias assim como os sonhos
Nunca envelhecem ou esquecesse,
Assim como o vinho quanto mais curtido
Melhor o sabor ao degustá-los
Se embebedem com meus velhos adocicados
Que não deitarei novos em amargos versos
Tornando em mera ânsias a tal paladar,
E do amor não tenho mais nada a dizer
Senão ausência, saudade e esperança
Do que ainda não tive aqui comigo
Não tornarei a repetir, pois uma vez já basta,
Mas não me fartarei de procurar novas receitas
Pra trazer novos sabores da vida
Em meio às escritas
Para degustá-las em novas rimas
Em mornos, frios e quentes climas,
Melhor ausência do que causar-lhes
Terrível decepção de uma rima forçada,
Vou como forasteira do leito
A procurar novas aventuras a retornar
Ao berço dos poetas a contar-lhes
No entusiasmo as novas descobertas
Roguem por mim para que regresse
Com boas novas de um mundo redescoberto
Lhes lançarei gota por gora da fonte
Que me alimentei e em risos retornei
A repartir com vós amigos poetas,
Sonhos não envelhecem criam raízes,
Poesias não se envelhecem eternizam-se
Em cada alma alcançada ...
E meu gênio descansa.
04-04-2010.
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Poesia :
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Comments
Re: E meu gênio descansa...
Vou como forasteira do leito
A procurar novas aventuras a retornar
Ao berço dos poetas a contar-lhes...
Um descanso envolto de sabedoria!!!
:-)